REVENDO TEXTOS

Continuamos com as nossas histórias, agora na nona parte.Sempre nos lembramos, como os parienses em geral do Lucci , para variar um nome fictício. Dono de uma lábia sensacional, transformava feras em cordeiros, valentes em pessoas pacíficas. Como numa ocasião que deu um calote daqueles seus costumeiros num troglodita. O troglodita bateu à porta duma arapuca na qual Lucci trabalhava e nada do nosso herói abrir a porta.O troglodita dava murros na porta , vociferava , falava que ia comer o fígado de Lucci e nada da porta se abrir. O troglodita trouxera um taco de beisebol, para literalmente triturar o pequeno Lucci (1,55 mt.). Pois bem no dia seguinte vejo para surpresa minha os dois tomando cafezinho no bar e conversando animadamente, o ogro pagou os cafés e se despediu do nosso herói dizendo: ” Tá legal, quarta-feira eu passo aí.” Pronto, o dia das promessas dos caloteiros, quarta-feira sem falta eu pago. E Lucci ao que consta não pagou.Lucci uma ocasião trouxe de Mato- Grosso,clandestinamente é claro ,vários animais para comercializar aqui em S.Paulo.Como não conseguia vender e a despesa com os animais era grande , soltou nos telhados do Alto do Pari, dois macacos.Voces imaginem o pandemônio que virou o pacato morrinho. Era macaco quebrando telhas, entortando antenas de tv, outro pegando cacos de telhas e atirando. Chamaram os bombeiros e no banheiro da casa do Lucci, havia um macaco pulando apavorado com aquele barulho e quebrando objetos , pisando em tubos de creme dental , arrancando a mangueira do chuveiro, o bombeiro entrou no banheiro para pegar o animal e levou uma dentada. Perguntou se havia álcool na casa  ao que Lucci respondeu :”embaixo da pia da cozinha!”, prá que, embaixo da pia conforme o bombeiro abriu a portinha , apareceram dois filhotinhos de jacaré, o bombeiro soltou um grito e outros vieram acudi-lo, um com mangueira, outro com uma rêde, foi uma bagunça geral.Para conseguir apreender os animais, os bombeiros ficaram quase três horas para conseguir e os mesmo foram enviados ao Zoológico da Água Funda.Várias peripécias foram engendradas por Lucci, sempre voltadas para o caminho do mal, como trabalhar para firmas, ganhar a confiança dos patrões, depois levava os carros nas bocas e os vendia e dizia que havia sido assaltado. Enfim inúmeras trapalhadas, que num dia afinal o levou à cadeia, local de onde tão cedo não deve sair. A última notícia que tivemos de Lucci, encarcerado há muitos anos, é que instituiu uma jogatina no presídio e que várias controvérsias se estabeleceram na sua Las Vegas prisional. E, no seu sambarilove que lhe é típico, até agora tem se saído , relativamente bem, ou digamos …vivo.

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