FOTOS DA NÁDIA

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Cidade bonita essa ! comenta a Nádia Galbiati Ramos ao postar essa sua bela foto de Hamburgo. Vemos o seu antigo porto às margens do rio Elba, ao fundo um bunker desativado , hoje transformado em restaurante português e mais ao fundo o belo edifício da Filarmônica hamburguesa.

TRICOLOR DO CANINDÉ

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Nesta charge vemos o S. Paulo F. C. que na época era o Tricolor do Canindé.

Vemos o Nacional , time do meu avô Maximiano, Santos, Comercial da capital, clube onde jogavam vários jogadores do pariense Luzitano F. C., Portuguêsa santista, na época era presidida por um morador do Pari o Hermes Barsotti, Ipiranga, Juventus, Jabaquara,

Portuguesa , nessa altura seu campo era no Cambuci, o S. Paulo , onde jogavam vários moradores do bairro, devido à proximidade do estádio , Palmeiras e o Corinthians, que na época tinha em seu elenco o pariense Nelsinho Nunes.

MARIO, UM PARIENSE FAMOSO

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Hoje na seção Pariense Famoso, vamos falar de um jogador gaucho que foi contratado pelo S. Paulo F. C. , quando ainda era o Tricolor do Canindé.

Adotou o nosso querido bairro e daqui só saiu após o seu falecimento, trata-se do

Mário que fez parte daquela Máquina tricolor , onde jogavam Leônidas, Sastre, Remo, etc…

Mário , anos depois já aposentado, gostava de bater papo na venda do meu pai, onde narrava as grandes vitórias sampaulinas.

Na foto o vemos fazendo uma defesa num jogo contra o Palmeiras.

 

Jayme Antonio Ramos

OS VASSOURINHAS

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Quando crianças estes jovens gostavam de imitar os programas de auditório, que faziam

muito sucesso no rádio da época ( década de 50). Na falta de microfone , eles usavam vassouras para imi-

tar. Com o passar do tempo a idéia foi se firmando e eles passaram a cantar em vários clubes,associações, salões de baile e outros locais , claro, aí já com microfone. Eis o con-

junto a quem o pessoal da rua Paschoal Ranieri ( Canindé) onde eles moravam deu o nome

de Os Vassourinhas, na foto só consigo identificar o Aderbal , que nos emprestou a foto e o seu irmão

Arnaldo, que era mais conhecido pelo apelido de Jacaré.

DIARIOS ASSOCIADOS F. C.

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Nesta foto do Arquivo do Domingos Curci Sobrinho  vemos um timaco de bola, uma verdadeira selecao do bairro e alguns eu conheci pessoalmente, vamos aos que eu conheci. Patacho, um jogador que apesar da baixa estatura , era racudo , do tipo que dizia o velho mestre Brandao, que chegava junto. Quinzinho, Joaquim Pereira de Moraes, cheguei a ver jogar, um craque, que jogava muito , mas ficou famoso por atividades fora do futebol . Goiaba, um jogador habilidoso e que nao tinha medo de cara feia. Ivan, jogou em varias equipes profissionais do interior paulista e era tio do craque Afonsinho, aquele da musica do Gil que era prezado amigo do jogador e medico. Oswaldinho, jogou no Comercial da capital e era pai do grande craque Roberto Dias . Carecao, jogou em varias equipes , inclusive ao lado do pai do Dias no Comercial F. C.. Diarios Associados era um conglomerado jornalistico que predominava no Brasi  inteiro , em jornal , radio e tv, comandado pelo Embaixador Assis Chateaubriand .

Enfim, essa equipe so tinha boleiros de primeira linha.

Jayme Antonio Ramos

PARI, UM LUGAR MAGICO

Recebi  um mapa de 1930  do amigo José Fernando Rebelo Gonçalves, falando deste lugar mágico,

da nossa querida cidade de São Paulo.  Creiam, este lugar é mágico mesmo, um dia vou falar sobre isto.

A visão da noiva da rua das Olarias e da rua Rio Bonito, tida por ancestrais de uma amiga nossa. A história que

o grande Monteiro Lobato contou sobre as entrevistas que fez na primeira década do século XX, com pessoas

que disseram ter visto o saci-pererê , no Caminho do Pary, onde hoje é a avenida do Estado próximo à rua São

Caetano,  mostramos um mapa desse local no séc. XIX.

Como dizia , essas entrevistas se transformaram num livro , do qual já falei neste blog.

Exageros à parte, creiam, este lugar é mágico. Vamos ao José Fernando:

Estou enviando este material para o nosso blog, lembrando de outras conversas que tivemos, para divulgar mais um pouco da história do Pari. Este texto é de um dos mais famosos livros de um dos meus ex-professores da FAU, o Carlos Lemos, da cadeira de História da Arquitetura.
Aqui, no pequeno trecho que transcrevi, junto com o mapa, podemos conhecer ou relembrar um bairro já muito distante no tempo, mas de infinita saudade na memória. Claro, nós não conhecemos o Pari de tanto tempo atrás, mas sabemos exatamente como devia ser…
Anexo o mapa em separado pra facilitar a publicação; sugiro publicar no tamanho natural ou bem próximo, para que os detalhes não se percam. O mapa já está no livro com essa  aparência de xerox…
Forte abraço,
José Fernando
Foi o mapa que mostramos na posstagem anterior.

Alvenaria Burguesa – Os Cortiços
O morro do Pari
“Hoje sabemos que existiram cortiços inteiramente construídos por empresários em terrenos mais ou
menos centrais, em áreas já densamente povoadas e próximas às fábricas, como o próprio Brás, por
exemplo, e, também cortiços, digamos improvisados e construídos aos poucos em grandes glebas
desvalorizadas e afastadas, por pequenos proprietários de origem humilde que desejavam, antes de
tudo, aumentar seus rendimentos mensais. Eram pequenos chacareiros, pequenos criadores de cabras
ou gado de leite que iam retalhando suas áreas, ou construindo dentro delas, fora das divisas,
correntezas de cômodos enfileirados destituídos de qualquer conforto, mas com a consolação de, pelo
menos, serem melhor insolados. Seriam, vamos dizer, quase que cortiços “rurais” porque ainda fora da
trama urbana propriamente dita. Belo exemplo dessas construções é constituído pelo grupo de cortiços
que caracterizou o chamado “alto do Pari”, que não passa de pequena elevação de uns dez ou quinze
metros de altura às margens do Tietê que ali se contorcia em infinitos meandros, sempre alagando as
redondezas e, daí, o “valor” daquela verdadeira ilha que era o tal do morro, onde sempre residiram,
desde os tempos coloniais, pescadores humildes que viviam de sua profissão levando à cidade o
produto de suas armadilhas. Pari, na língua dos bugres, queria dizer o cerco de apanhar peixes.
Durante o ano de 1978, um nosso aluno, o arquiteto Cláudio Lucci, em uma de nossas disciplinas
optativas, fez interessante trabalho curricular, inédito, justamente sobre esses cortiços do Pari,
fornecendo-nos importantes informações oriundas, principalmente, de entrevistas com velhos parentes,
antigos moradores dos tais cortiços. Haviam morado suas tias, até 1928, no chamado cortiço “do
Ferruccio Marchetti”, às margens da Rua de São Biagio, que era composto de trinta habitações, além
daquela de seu proprietário. Era um bom cortiço porque as residências possuíam três cômodos: quarto,
sala e cozinha. Para essas trinta moradias havia um só quarto de banhos e uma só latrina, cuja limpeza
não devia ser exemplar, pelo contrário, tanto que “o nono, como disse tia Luíza ao nosso aluno,
mandou fazer um assento de madeira para a privada”. “Para irmos ao banheiro, nós levávamos o
assento, púnhamos sobre a latrina e depois o carregávamos de volta”. A água de cozinha e banho era
obtida em duas cisternas. Uma perto da entrada, a outra nos fundos do terreno. A roupa era lavada às
margens do rio. Na frente do cortiço também havia um forno de alvenaria, usado principalmente
durante as festas de Natal, quando toda a comunidade “encortiçada” comemorava o dia santo com um
verdadeiro banquete. O chamado “cortiço da Graziela” era o maior de todos e ficava na Rua das
Olarias. Tal senhora, além de simplesmente alugar os cômodos, também os administrava e zelava
pelos costumes exercendo verdadeiro papel de polícia. Morava no centro do terreno em enorme
casarão, talvez reminiscência de alguma antiga chácara.
Essa região do Pari, em 1930, conforme podemos examinar no mapa anexo, executado naquele ano a
partir de fotos aéreas (Sara), era muito pouco habitada e já cruzada por várias ruas não oficiais (n.o. na
abreviatura cartográfica) cujos traçados não vieram aos nossos dias; primeiro devido à retificação do
rio Tietê e, depois devido a melhores aproveitamentos que, inclusive, desativaram aqueles cortiços
históricos. Hoje, de quarenta e tantos cortiços que existiam ali talvez tenham sobrado meia dúzia. No
referido mapa pode-se perceber nitidamente a cidade ali encostada, limitada pelas ruas Itaqui e Rio
Bonito. Na Rua das Olarias, a área tracejada corresponde ao mencionado cortiço da Graziela. Em
preto, alguns cortiços identificados.
Ainda falando de cortiços, lembramos que não pode deixar de ser visto um documentário do início dos
anos quarenta, de autoria do cineasta Benedicto Duarte, que nos mostra em pleno funcionamento um
antigo cortiço da zona do Brás, ainda existente naquela data, pelo qual a gente pode aquilatar a
extensão da promiscuidade típica desses aglomerados, com suas crianças semi-nuas brincando na
sujeira da rua interna, suas mulheres cozinhando nas portas dos cubículos, suas roupas penduradas em
cordas que cruzavam em todos os sentidos o espaço livre descoberto, estreito e sem sol.”
Alvenaria Burguesa – Prof. Dr. Carlos Alberto Cerqueira Lemos, FAU-USP
Editora Nobel, 1985, São Paulo, págs 62 a 65.

 

Participação técnica de André Antonio Silva.

colaboracao tecnica de Cintia Galbiati Ramos e Nadia Galbiati Ramos.

DR. PROENCA

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No    décimo aniversário de sua formatura como dentista , Dr. Proença , um profissional de renome no bairro,

distribuiu a seus clientes e amigos uma foto com dedicatória, como veem é datada de 1950.

A família do nosso amigo Eduardo Entini era cliente do dr. Proença e recebeu e guarda até hoje com grande estima essa lembrança.

O Eduardo nos passa essa foto , uma verdadeira jóia na história do nosso querido bairro.