CASADOS X SOLTEIROS

Nesta foto pertencente ao arquivo do Domingos Curci Sobrinho, vemos um jogo de Casados 1  X

Solteiros 1, do pessoal do Bandeirantes no campo do Silva Telles. O campo do Silva ficava onde

até há pouco tempo se situava a Balanças Filizola, na hoje av. Marginal com a rua Joaquim Carlos. Por sua vez o Bandeirantes nessa época da foto ( 19/10/58), era uma equipe forte .

A sua sede era no bar da rua Itaqui com a Paganini, que era propriedade do pai do Odair Fininho, excelente ponta esquerda do próprio tricolor  e mais tarde do Estrela. Este uniforme era o de número dois , o de número um era igual da seleção paulista , ou seja listras verticais pretas e brancas , punhos e golas vermelhas. O Bandeirantes teve excelentes equipes e quando criança ainda lembro de ver jogos memoráveis do Bandeirantes contra o Tupi-Gurany, nos festivais no campo do Estrela , eram jogos disputados em alto índice técnico e com vitórias de lado a lado, o estádio estrelano lotava para ver esse antigo clássico do bairro.Na foto vemos entre outros o Chicão, o

Albella e  o Tito.

CONSELHEIRO DANTAS

CONSELHEIRO DANTAS (RUA)
Denominada pelo Ato 729 de 21 de novembro de 1914 Manuel Pinto de Souza Dantas nasceu na Bahia no ano de 1831. Foi senador brasileiro na época do Império. Foi também presidente do gabinete da monarquia que criou, em 1884, a Lei Sexagenária, dando liberdade aos escravos que tivessem mais de 60 anos. Foi escolhido para presidir o Banco do Brasil logo após a proclamação da República. Em 1891 fundou o “Jornal do Brasil” no Rio de Janeiro, ainda hoje considerado um dos maiores jornais do nosso País. Faleceu no ano de 1894
.

Hoje vou falar de uma rua do Pari/Canindé que é quase totalmente comercial. E um comércio forte de utensílios domésticos, brinquedos , artigos importados os mais diversos.

Foi uma loja desta rua que iniciou há décadas esse comércio, no início eram baldes de alumínio, talheres e os clientes na maior parte eram feirantes, era a Casa Arduin. Hoje o Canindé é tomado por um comércio forte, com prédios modernos.

Esta foto que nos foi fornecida pelo Aderbal Amaral, nos mostra um tempo que a Conselheiro era quase que totalmente residencial , um outro comércio, com destaque do famoso restaurante qe existe da década de 40, Casa Santos.

BOBBY DI CARLO

Hoje na seção ” Pariense famoso”, vamos falar do Bobby Di Carlo, um pariense de nascimento e de coração. Por tabela , vale a citação do Wagner Benatti,outro pariense de quatro costados, compositor de um  sucesso estrondoso ” O tijolinho”, gravado pelo Bobby.

Vamos à entrevista de Roberto ( Bobby ):

Categoria:Outro

Por Matheus TrunkZingu! – Como você começou sua carreira artística?Bobby di Carlo- Comecei em 1960, quando o rock apareceu no Brasil fazendo sucesso com nomes como Celly Campelo, Tony Campelo, Ronnie Cord, Carlos Gonzaga e mais alguns cantores. Lançamos pela gravadora Odeon (hoje BMG) 3 discos em 78 rpm. As canções desses primeiros discos foram Oh Eliana, Quero Amar, Amôr de Brotinho, Gatinha Lilly, Broto Feliz e Hey Lilly. Na época, eu estava com 14 anos e tive que dar um tempo na carreira porque estudava e não podia conciliar as duas coisas.

Z- Você gostava do Elvis? Qual foi o cantor que mais te influenciou?

BC- Gostava de algumas canções do Elvis. Mas os meus cantores preferidos eram o Little Richard e o Rick Nelson.

Z- E os Beatles?

BC- Até hoje, continuo gostando dos Beatles. Penso que todos da minha geração foram influenciados por eles tanto nas canções, como na maneira de se vestir e mesmo na irreverência.

Z- Como foi sua participação no programa “Jovem Guarda”?

BC- Em 1966, acontecia o programa Jovem Guarda na TV Record. O Sérgio de Freitas( ( outro pariense ) que era radialista me convidou para voltar a gravar. Ele me apresentou ao Wagner Tadeu Benatti, compositor que dentre várias musicas me mostrou “Tijolinho”. Gostei e fomos à cata de uma gravadora. Acertamos com a Mocambo, gravamos e a canção fez um relativo sucesso. A Record me contratou para o programa do Ronnie Von aos sábados e no Jovem Guarda aos domingos.

Z- Havia uma concorrência muito forte entre o senhor e os outros cantores jovens da época?

BC- Não vejo como concorrência. Na verdade, havia uma disputa para alcançar as paradas de sucessos. Mas sempre houve espaço para todos os intérpretes e grupos musicais da época.

Z- Cantores da Jovem Guarda como o senhor, Erasmo Carlos, Marcos Roberto e tantos outros eram tidos como bregas. O que o senhor pensa disso?

BC- Na verdade, o que é moda hoje, amanhã poderá ser brega. Na minha época, nosso estilo musical poderia ser considerado cafona.

Z- Havia muito preconceito contra a música jovem na época?

BC- A competividade entre os cantores da época podia até gerar um certo preconceito das pessoas mais velhas. Mas naquele momento nem eu, nem os outros cantores que estavam começando pensávamos nisso. Porque tudo girava em torno da Jovem Guarda, que era um grande movimento musical de toda uma geração.

Z- Um de seus maiores sucessos foi “Boneca que Diz Não”. Como surgiu essa música?

BC- Na verdade, “A Boneca que Diz Não”, é uma versão gravada originalmente por Michael Polnareff um cantor belga. Como ele estava no topo das paradas, acabamos fazendo essa versão que teve grande repercussão e fez bastante sucesso.

Z- Como surgiu “Tijolinho”?

BC- O compositor da canção, o Wagner fazia parte do grupo Os Megatons. Gravamos essa canção como música de trabalho do meu primeiro LP e o resultado foi muito bom. Esse LP foi excelente porque não havia restrições na escolha das músicas, arranjos, em nada. E “Tijolinho” acabou sendo o meu maior sucesso.

Z- O segundo disco foi feito da mesma maneira?

BC- Gostei muito do resultado do primeiro. Infelizmente, o segundo foi feito de uma maneira não muito satisfatória. A escolha das músicas, os arranjos, a pressa para se lançar, a capa. Enfim, o resultado não foi muito bom.

Z- Hoje, você avalia que o resultado do segundo disco não ter sido satisfatório prejudicou a sua carreira?

BC- Embora não tenha ficado como eu queria, não abalou os meus propósitos.

Z- Como era o assédio do público feminino aos cantores da JG?

BC- Comparado aos dias de hoje, o assédio era mais comedido. Porém, era muito grande. Para nós, na verdade, esse tipo de coisa era muito bom.

Z- Como foi sua participação nos filmes “Adorável Trapalhão” e “Juventude e Ternura”?

BC- Minha participação no “Adorável Trapalhão” foi pequena. Eu aparecia cantando “Cuidado Pra Não Derreter”, que era uma das músicas de trabalho do meu disco. Já no “Juventude e Ternura”, meu papel era maior. Eu fazia um guitarrista, chamado Paulinho que tocava na banda da Wanderléa. Ela fazia a personagem Beth. Curiosidade: os dois filmes eram produções do Jarbas Barbosa, irmão do Chacrinha.

Z- Após o fim do programa, o senhor continuou a carreira musical?

BC- Sempre gostei de música e continuo como músico, arranjador e produtor de um estúdio. Espero ainda um dia poder mostrar mais algumas coisas para o grande público.

Z- O Roberto Carlos proibiu a comercialização da biografia “Roberto Carlos Em Detalhes” de Paulo César de Araújo. O que o senhor achou disso?

BC- Na verdade, eu não sei te dizer. Não li a obra literária e não saberia dizer os motivos que levaram a proibição do livro.

Z- Pra encerrar, o que a Jovem Guarda significou para o senhor?

BC- Pra mim, foi algo maravilhoso e inesquecível. Eu sempre gostei de música, e durante o programa eu conseguia fazer o que eu mais gostava com o reconhecimento do grande público.

O Tijolinho

(Wagner Benatti)

Eu sei se esperar mais um pouquinho
Meu amor, meu carinho pra você vou dar
Sem me arrepender
Demorei mas encontrei você e é sincera
E agora não já quero mais esta longa espera
Por que?
Você é meu amorzinho
Você é meu amorzão
Você é o tijolinho
Que faltava na minha construção
É verdade, é verdade, é verdade
Solo:
Você é meu amorzinho
Você é meu amorzão
Você é um tijolinho
Que faltava na minha construção
Você é meu amorzinho
Você é meu amorzão
Você é um tijolinho
Que faltava na minha construção
É verdade, é verdade, é verdade

PILLON

Festa na Carrocerrias João Pillon, em 1944.

Na 1ª Fila da esquerda para a direita, no fundo empé, o 8º é meu avô
Vitório Pillon, ao lado sua filha Eurydice Pillon (a que cantava na
Páscoa, ela fazia o papel da Verônica), ao lado sua filha Doly Pillon,
ao lado não sei, mas a seguir vem a filha mais velha Ester Pillon.

2ª Fila, do meio, da esquerda para a direita a 3ª é a esposa do Álvaro
Pillon, Judith Mantovani Pillon e atrás dela, a esposa do meu avô,
minha avó Cecília Carlet Pillon.

3ª fila, ao lado do sanfoneiro, Vladir Pillon, meu pai aos 9 anos.

Meu tio Wilken Pillon não está na foto, pois estava no Rio de Janeiro
se preparando para partir para a Europa lutar na 2ª Guerra. Chegou até
a embarcar em 1945, mas graças a Deus a guerra terminou.Vou te mandar
uma foto dele com o uniforme ainda. Meu tio Álvaro devia estar
batendo a foto, pq asssim como eu ele era o fotografo da família.

Thereza Pillon

oto do belo Arquivo da Thereza Pillon, nos mostra uma festa na Fábrica de Carrocerias João Pillon, uma empresa  que foi um dos orgulhos do bairro.

Esta postagem tem a assessoria da Nádia Ramos.

OUTRA NOIVA

Não é uma série, nem noiva 2 é uma história semelhante aquela da semana passada. Desta feita quem nos manda a história é a Ilda, que criou coragem  em contá-la, motivada pela da semana passada. Vamos a outra noiva a da rua Itaqui. ocorrida na década de 20:

Uma menina de nome Cosma  , vinha da venda do Nicolino Farelli , onde hoje é o Pif-Paf , pela rua Itaqui, perto da rua Paganini . Era tudo mato, só havia aquele caminho de terra batido e algumas luzinhas que elas acompanhavam. Cosma nunca teve medo de nada, mas sua irmãzinha  , a Nina, era vidente. De repente, ela disse qe havia uma moça de branco embaixo da árvore . Cosma morreu de rir , mas apertaram o passo.   Havia alguns homens bebendo num boteco. De repente ,Nina disse que a noiva estava correndo atras delas, mas Cosma  olhou para trás e não havia ninguém. A  rua , que era de terra, um silêncio tremendo  e todo mundo ouviu uma garrafa explodir e a Nina cair no chão gritando de dor. Os homens do boteco correram, mas não se achou nada, nem um caco de vidro, nada. Descobriu-se anos mais tarde, que realmente uma moça morreu ali vestida de noiva. Foi morta pelo noivo com uma garrafada na cabeça, porque ele descobriu que ela não era mais virgem. Não se sabe em que ano foi essa história da noiva, mas a moça vivia ali como um fantasma . O que é interessante é que essa história foi na década de 20  e muita gente viu nas pernas de Nina, as marcas de ferimento .

EMÍDIO

CORONEL EMÍDIO PIEDADE (RUA)
Denominada pela Lei nº 2059 de 12 de março de 1917 O tenente-coronel Emídio José da Piedade foi político paulista. Como representante de São Paulo, teve assento nas Assembléias Provinciais de 1874-75, de 1882-83, de 1884-85 e de 1888-89. No período republicano, o coronel Emídio Piedade tomou parte nos trabalhos da 4ª. Legislatura, de 1898-1900, e na 5ª., de 1901-1903.

Matéria extraída do blog do Quinto Cartório.

Esta antiga rua do Pari, tem início na rua Mendes Gonçalves e termina um quilometro depois na rua Joaquim Carlos. Antes de ter esse nome chamava-se

rua do  Trabalho, sim lá moravam , vários trabalhadores das diversas indústrias da região.  Será coincidência terem tirado esse nome justo no ano da Grande Greve Geral que houve em São Paulo, cujo ponto central das reuniões era ali perto, no largo da Concórdia? a greve geral em si , não, pois foi em julho do mesmo ano, mas as condições para a mesma estavam criadas e estavam em ebulição. O nome mudado, fatores ideológicos à parte é mais dessas besteiras que as autoridades fazem a esse respeito, mas como falei várias vezes nesse assunto seria redundância da minha parte tocar nele .

Na Emídio , além de um forte comércio, temos também na esquina com a rua Rio Bonito, o 12 D P Pari e o Colégio Saint Clair. Aliás este colégio, já famoso no Pari, faz uma festa junina bem típica, ela extrapola os limites do colégio e vai à rua , onde se realiza um animado arraiá, temos até uma foto neste blog.