MAIS HISTÓRIAS DO PARI

Os recém chegados ao Pari, que vêm um bairro pujante economicamente, esse trânsito intenso,não imaginam que o bairro possuía uma população bem maior, uma vida social intensa, muita diversão e alguns tipos bem pitorescos.                                                                               Um deles era o Mariolo, um italiano trabalhador , bondoso , alegre. Ele possuía uma vitrola muito antiga, onde nos finais de semana colocava discos de músicas italianas, como cancionetas e tarantelas, isso num volume bem alto e com um alto-falante roufenho.Pois bem a vizinha era uma professora de canto, de modos refinados e que considerava música só as clássicas e as óperas.O resto eram sub – músicas.                                                                                Brigas homéricas, onde a professora esquecia toda a sua finesse e num italiano culto , xingava o seu patrício da grafonola em alto e bom tom e o mesmo respondia com um volume mais alto ainda e praguejando no dialeto polignanês, uma mistura de italiano, albanês e sérvio.  A agravante é que a prima donna era a proprietária da casa do Mariollo. Essa comédia terminava geralmente em pizza , no verdadeiro sentido do termo, porque Mariollo, exímio pizzaiolo, a conselho da matriarca, sua mãe , enviava à família da proprietária do imóvel, duas pizzas de aliche com mozzarella no capricho, assadas no bom forno a lenha que havia no fundo do quintal.                                                                                                    Quem dera todas as brigas se iniciassem no sábado à tarde e terminassem no domingo à noite , com pizzas , pedidos de  “scussi” de ambas as partes litigantes , entre lágrimas, acompanhadas de uma “bella pizza” e juras de amizade, afinal “siamo tutti amicci, tutti  italliani”, mesmo com validade até o próximo sábado à tarde.A grafonola do Mariollo, pivô de grandes polêmicas sobre o tema

Música; erudita ou popular, qual o limite entre ambos os estilos?

Tudo acompanhado de ” bichieri di vino” , ” allicci”, ” mozzarella”,

“pomodoro”, ” farina” , etc.etc.

Jayme Antonio Ramos

RIELLIS , FILHOS FAMOSOS DO PARI

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Dando sequência à série ” Parienses Famosos , falarei não de um pariense famoso e sim de três de uma mesma família, os Rielli.

O patriarca foi o sr. José Rielli, que nascido em Pisa ( Itália ) veio com seu pai ainda criança para o Brasil. Morou alguns anos em Itu, onde hoje é nome de rua  e adotou o nosso querido bairro doce para morar.  Apesar de estrangeiro, adorava a nossa música de raiz, a verdadeira música sertaneja. José, ao lado de um outros ícones do rádio brasileiro, Torres e Florêncio, criou o primeiro trio sertanejo do Brasil e que fez por décadas um sucesso retumbante. Esse trio também é nome de uma rua na Vila Prudente. Aproveitando a deixa , o Pari homenageia pouco os seus filhos famosos. Como eu dizia , José tinha um programa na rádio Record, na época do Paulo Machado de Carvalho, de grande audiência.

José deixou para a música, dois filhos não menos ilustres. Um deles , o Oswaldo Rielinho, formou um trio sertanejo não menos famoso do que o do seu pai, ao lado de Serrinha e Zé do Rancho ( pai do inesquecível Ranchinho ). Riellinho, também fez sucesso na mídia, com um programa na rádio Tupi, do Chateaubriand.

Emílio Rielli, o filho mais velho do José, foi um grande músico de formação erudita, foi regente dos corais da Santa Rita de Cássia e de Santo Antonio do Pari, este último muito famoso, cantando em várias cidades de dentro e fora do estado e ao lado de cantores internacionais.

Um tio meu cantou no Santo Antonio na época do Maestro Rielli e assim como outros (as) seus contemporâneos lembram com muita saudade da competência do sr. Emílio. Eu cantei no mesmo coral, anos depois regido por outros maestros, mas quando os cantores mais antigos se referiam ao Rielli, com comparações inevitáveis, os maestros de então se curvavam ante tamanha e reconhecida aptidão.

Enfim, o Pari tem demonstrado em sua história, a diversidade e acima de tudo a qualidade de seus filhos, o que para nós, amantes de sua tradição, nos enche de orgulho.

Jayme Antonio Ramos

PARI , O BAIRRO DO AMOR

Sim, já relatei aqui vários fatos que provam que o clima de amor sempre imperou no nosso querido Bairro Doce de São Paulo.

Este conto que vou passar, não aconteceu no Pari, foi em Portugal, mas um dos protagonistas o sr. Nuno, mora no Brasil há muitos anos e me contou com lágrimas nos olhos e todo arrepiado, apesar de estar calejado com as agruras dos seus mais de setenta anos.

Nuno e Isabel namoravam numa aldeia lá da santa terrinha. Faziam planos, olhares românticos, mãos dadas,enfim, tudo conforme um namoro feliz.

Um dia, veio a notícia terrível, Nuno fora convocado para a guerra na África portuguêsa. Nuno não pensou duas vezes e fugiu para o Brasil clandestinamente. Continuaram a se corresponder e a se amar, com juras e Nuno preparando a vida a dois aqui na Terra de Santa Cruz.

Mas a fofoca aqui e lá na aldeia, corria solta, com a ajuda de uma figura que havia no interior portugues, a casamenteira. A tarefa da casamenteira era a de não deixar ninguem solteiro e  a ausência do Nuno , era um prato cheio para ela.

A correspondência da Isabel começou a escassear, envenenada com as intrigas e Nuno chateado , tambem não escrevia. Um dia, sempre um dia , veio a bomba: Isabel termina o namoro e diz:-” estou a namorar o vosso primo   Rui”. Nuno ficou arrasado, chorou , mas como bom luso, após ter chorado muito, ficou com raiva da ex-namorada e nunca mais falou o seu nome. As notícias vinham por boca de patrícios, Isabel se casou, teve filhos,etc. Nuno tambem se casou aqui em São Paulo , teve filhos e a vida continuou.

Um dia, novamente um dia, após quase 40 anos, Nuno finalmente retornou a passeio,à sua querida Beira Baixa . Foi rever parentes, a sua velha mãezinha, amigos, a capelinha , a escola, enfim os lugares onde vivera até o chamado para a Guerra colonial d´África.

Após a sua chegada a notícia se espalhou por vales e montanhas da região .Ao passar um dia, após a sua chegada, em todos os lugares por onde passava o recado era um só: ” Ó Nuno, a Isabel quer ver-te”. Nuno não falava nada , tal ódio que alimentava da sua antiga amada.

No último dia de sua estada, Nuno vinha do rio onde fora pescar com um seu amigo de infância e encontrou a mãe da Isabel , que vinha da lavoura, a Ti Arminda, que o levou , quase que à força para a casa da filha.

Isabel, estava dando vacina nos leitõezinhos, mais o seu marido( primo do Nuno,o Rui ) e na porta da casa gritou : ” Ó Isabel, cá está a pessoa que tu mais querias ver na vida!!” Isabel saiu correndo, em prantos, largou vacina, leitões, marido, correu , abraçou o ex-namorado bem forte e beijou-o no rosto demoradamente. Ato contínuo, ela e o marido o levaram para casa adentro, onde conversaram animadamente, almoçaram. Num momento o Rui levantou-se para ir ao banheiro, quando Isabel segurou as mãos de Nuno carinhosamente e disse : ” Meu amorzinho, já posso morrer”, isso com os dois se entreolhando meiga e carinhosamente e os olhos marejados.

Instantes após, chegou o Rui, Nuno se despediu, retornou ao nosso país . Um mes depois, veio a notícia, que Isabel caíra de cama, dois meses depois veio o diagnóstico que ela estava com câncer e tres meses depois que ela morrera.

Morreu de amor, ela que era uma mulher forte, dinâmica, que cuidava ao lado do marido de todos os afazeres da vida dura do campo.

Hoje , Nuno mora no Pari e triste, conta com dor no peito a sua linda história de amor.

Jayme Antonio Ramos

SUELI SAKUMOTO E SEU BELO TEXTO

Sueli SakumotoSaudade …

Chega.
Sutil.
Instalando.
Dominando.

Chega.
Com foto.
Guardada.
Encontrada .

Chega.
com tudo…
Som , olfato .
Paladar e tato.

Chega.
Avassaladora.
Soberana .
Onipresente.

Chega.
Encostando .
Ocupando.
Transbordando .

Chega.
Me invade.
Me ataca.
E arde !

Que esse dia seja repleto de saudades dos bons momentos vividos e jamais esquecidos !

Bjs

LUSA CAMPEÃ !

lusa campea copa paulista

Jogando ontem à noite no Estádio Dr. Oswaldo Teixeira Duarte , a Lusa bateu o Marília por 3 a 2 , gols de Adilson Bahia, Geovani e Raphael Luz, no agregado 5 a 3, sagrando-se Campeã da Copa Paulista.  Mesmo estando proibida de assistir a partida no estádio  , vários torcedores lusos comemoram muito esta grande conquista do lado de fora .  Agora a Portuguesa após alguns anos volta ao cenário nacional no próximo ano .

CRÍTICO ATÉ DEMAIS

Conforme vou relatando as histórias, mais e mais vão surgindo na minha memória e mais e mais me

são relatadas.

Como por exemplo a história do Bino, um verdadeiro estraga-prazeres. As pessoas para provoca-lo falavam de filmes que haviam assistido, de músicas, de artistas, enfim de toda gama de assuntos.

Nada agradava a Bino, ele franzia o seu nariz, meneava a cabeça e vinha a crítica implacável, uma verdadeira pá de cal no entusiasmo de qualquer um.

Várias excursões foram organizadas para as Sete Quedas, antes delas serem cobertas pela Represa de Itaipu. Bino foi convidado para uma delas e retrucou para que andar tantos quilômetros para ver só sete quedas, se quando chovia forte na praia do Itararé em São Vicente, ele via do seu apartamento mais de trinta no morro vizinho.

Filmes então, quando se narrava , ele vinha como um raio, a história é sempre a mesma, é mocinho que gosta da mocinha e no fim ficam sabendo que são irmãos. É rapaz que fica cara a cara com o bandido que assassinou o seu pai quando era criança. Música então só gostava de cantores que tinham vozeirão, cantores como Caetano, Chico, Jorge Ben, etc eram tachados de locutores musicados , nem se comparavam com Beniamino Gigli, Enrico Caruso, Vicente Celestino e outros.

Cinema brasileiro ele abominava , dizendo que era um bando de canastrões, que não atuavam com naturalidade, como os astros e as estrelas de Hollywood e aí Bino desfiava uma relação que vinha lá de Mary Pickford, Carlitos, Clark Gable, etc.

Suas críticas quanto às letras de MPB, o barquinho, a bandinha, o banquinho da praça, a garotinha de Ipanema, dizendo que eram letras óbvias demais. Quando falava-se nas músicas de anoitecer ou amanhecer, ele vinha vociferante: -” o anoitecer e o amanhecer são a mesma coisa, depende do lado que se olha, se é pro lado da Zona Leste ou se é para o Pico do Jaraguá”.

Futebol então era uma grande bobagem. Jogo de poucos pontos, que a bola ficava mais parada do que em movimento. Crítico feroz dos times grandes, o Corinthians era o time dos calções sujos, o São Paulo era o  dos calções largos e compridos que pareciam um saco. O Santos era um time insosso, de praia, depois do Pelé, só acontece alguma coisa de vez em quando, o Palmeiras era um time de diretorias que não se definem se é um time de italianos ou se é um time brasileiro, portanto tem até hoje uma grande crise de identidade.

Mas no fundo era uma pessoa boa , o que queria era chocar, levantar polêmica, que no final da conversa viravam brincadeiras, tal o deboche que ele dava aos seus comentários.

Por isso , Bino era querido, convidado para as reuniões e logo provocado, ao que ele retrucava sem pestanejar o que despertava nos estranhos ira , nos amigos e parentes era motivo de muita gozação.

Eu tive o prazer em conhece-lo e inúmeras vezes  fazer parte da turma que o cutucava com vara curta. Algumas vezes, porem , para nós da antiga e na roda haviam pessoas que ainda não o conheciam , ele dava uma discreta piscadela e passava a dar empolgado,  as suas opiniões,  provocando um misto de riso e bronca nas pessoas.

Até hoje é lembrado com saudade pelos amigos e suas histórias são narradas com muita emoção e alegria.

Jayme Antonio Ramos

SUELI SAKUMOTOE SEU BELO TEXTO

Sueli SakumotoSempre acreditei que grandes planejamentos, criam expectativas que se não realizadas ,levam à frustração .
Por esse motivo controlo minha ansiedade.
Observo meus prazos.
Tudo pode dar certo mas pode também dar errado!
Está sendo assim…
Deu errado !
O sol não aparece há dias.
A chuva todo dia está presente..
E o frio até ousa se insinuar …
O tempo demora para passar!
E eu, movida a energia solar, que acreditava em dias ensolarados e banhos refrescantes, estou aqui…
Não me sentindo frustrada mas com uma necessidade imensa de ativar o controle remoto, ler um bom livro…
Vontade até de ir pro tanque e pro fogão !
Sentir o prazer de cuidar…
Calma lá !
Exagerei !!!
Mudança de planos.
Vou esperar meu cabeleireiro , Vinicius Vitiello!
Ele vai dar um ” up ” no meu dia!
Até mais tarde , meus amados !
Fui.

LUSA VENCE DE VIRADA FORA DE CASA

lusa vence mac

Foto da NetLusa

Jogando em Marília na primeira partida das Finais da Copa Paulista , a Portuguesa bateu a equipe local do MAC por dois a um, de virada.  E olha que o árbitro é filho de um ex-jogador mariliense. Mas a força rubro-verde foi maior e com os gols de Caíque e Adilson Bahia sai na frente da disputa do título.  Quarta-feira às 19 h a grande Finalíssima no Canindé.  Vamos ó Lusa !

SUELI SAKUMOTO E SEU BELO TEXTO

Sueli SakumotoÉ importante rever o passado.
Às vezes, o mais remoto…
Tenho flashs de uma casinha, com hortências no jardim, em uma rua tranqüila , familiares morando no mesmo bairro , vizinhos assistindo TV em casa.
Naquele tempo poucos tinham TV .
A tela e o tubo de imagem, ficavam dentro de um móvel de madeira.
Pesado.
A imagem era em preto e branco.
Tinha imensos botões dianteiros, que faziam um click , quando o canal era mudado.
Programas preferidos, eram aqueles que os pais permitiam , pois eram as únicas pessoas que acionavam o tal botão barulhento !
A imagem oscilava : ora mais nítida , ora pouco nítida…
E era um tal de ” virar ” a antena, que ficava instalada, orgulhosamente, no telhado!
Cada ventinho , mesmo que fraquinho , desregulava a imagem e a antena tinha que ser regulada .
Imagine se houvesse um vendaval…
Mesmo assim, valia à pena!
Era bom assistir:

Rin – tin – tin !
Lanceiros de Bengala!
Papai sabe tudo !
Vigilante Rodoviário !
Lassie !

Hoje, televisão tem 3000 recursos…
Aberta .
A cabo.
Parabólica.
Paga…
Imagem maravilhosa!
Programação ?
Péssima e duvidosa !

Estou pegando um DVD e assistindo sozinha, um dos meus filmes preferidos.

Um beijo a todos que tiveram a paciência de acompanhar minha sessão nostalgia !

Aos mais jovens : eu não sou jurássica não , meus amores !

PRIMEIRO COLÉGIO PÚBLICO DO BAIRRO

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“Criado por decreto de 21 de dezembro de 1904, quando o sr. José Cardoso de Almeida estava à frente da Secretaria do Interior, esse grupo escolar iniciou suas atividades em 13 de maio de 1905, em prédio situado à rua D. Eliza Whitaker, nº 1, no bairro do Brás. Seu primeiro diretor foi o então inspetor escolar professor Justiniano Vianna. Cardoso de Almeida era então secretário do Interior.”  Apesar de estar no Brás, esta escola chamava-se Grupo Escolar do Pari, tendo mudado o seu nome para G. E. Orestes Guimarães e mudado o endereço para a Rua Hanemann e mais tarde ainda na Rua Canindé, onde se encontra.

No local da rua Eliza Whitacker, após a mudança do G. E. do Pari, foi criado o Liceu Acadêmico São Paulo, o famoso LASP, que anos depois mudou-se para a rua Oriente, onde ficou décadas até ser fechado alguns anos atrás.

Ainda rua Eliza , após a mudança do LASP, foi criado o Ginásio Paulista que ficou um tempo nesse endereço.

Hoje o prédio foi demolido e ali localiza-se uma Mesquita muçulmana xiita, religião que tem no bairro um considerável número de fiéis, principalmente de nacionalidade libanesa, trazendo ao Pari, uma imagem típica e diferente de outros bairros paulistanos, com um grande número de mulheres que usam aqueles vestidos longos e com as cabeças cobertas por véus.

Quanto ao primeiro diretor do colégio, Prof.  Justiniano Vianna era pai do grande autor teatral Oduwaldo Vianna, homem que revolucionou a linguagem teatral, trazendo uma forma de expressão mais abrasileirada , fugindo da antiga linguagem mais ligada ao Portugues falado em Portugal. O neto do Professor foi o grande autor teatral Oduwaldo Vianna Filho, o Vianninha, figura importante na dramaturgia brasileira.

Quanto ao Prof. Justiniano, os antigos contam que na época em que foi diretor do Grupo Escolar do Pari, ele ficava no mirante com uma luneta poderosíssima , vendo quem ” cabulava”as aulas para ir nadar nas lagoas e no rio Tietê, para no dia seguinte aplicar a pena maior da época, a famosa e temida palmatória.

Jayme Antonio Ramos

BRITO CAÇA PARIENSE

 Logo logo teremos o reinício das Eliminatórias da Copa do Mundo.Os milhões de técnicos de plantão darão os seus palpites. Sempre foi assim e temos certeza que agora não será diferente.

Em 1970, não havia consenso quanto à convocação do  “scratch” canarinho, com muitas preferências e divagações, chegando ao cúmulo de se dizer que o Pelé teria que ser cortado do elenco pois era míope, o presidente General Médici escalando jogador e demitindo técnico, aquela fofoca de sempre, onde rios de tinta, na época de canetas e hoje de cartuchos eram e são gastos para se discutir o peso das nuvens, o sexo dos anjos ,a melhor forma para se enxugar gelo, etc.

Despedida da seleção em 1970 foi no Morumbi, Brasil e Bulgária, uma seleção fraquíssima.

Morumbi lotado, torcida irada com a presença de alguns jogadores como titulares e insuflada pela imprensa. Vaias o tempo todo e o resultado ? ZERO a ZERO. Mas, foi um 0x0 típico, uma verdadeira pelada, mais do que um placar foi uma nota.

Eu, mais umas vinte pessoas da Turma do Pif-Paf, para quem não sabe é o nome de um bar que existe há décadas no Pari, fomos lá para conferir. Uns , como eu, não estavam nem aí, aquele jogo não valia nada mesmo. Outros, críticos em demasia saíram roucos de tanto gritar contra jogadores, técnicos, massagista,vendedores de sorvete,etc.  O que mais agitava era Pernoca, apelido dado a Isaltino, devido às suas pernas curtinhas. Na saída do ônibus do estádio, fomos lá,na porta do estádio,pelos motivos acima expostos.

Aquela vaia , gestos obscenos para os jogadores, mas a maioria estava ali para se divertir.

Porem Pernoca foi atrás do ônibus, que devido ao trânsito estar engarrafado se movia lentamente.

O número de pessoas ia diminuindo à medida que o veículo se afastava, diminuindo  até  que Pernoca ficou sozinho e xingando o Brito, zagueiro da seleção, o seu alvo  predileto. O resto da turma ficou para trás e nós até esquecemos do agitador. De repente , não mais que de repente, Pernoca passa em desabalada carreira por nós gritando: ” Olha o Brito, olha o Brito, socoooorro!!

É que o Brito com a paciência esgotada com aquilo tudo, pediu para o motorista parar o ônibus, abrir a porta e gritou sem descer “peraí que eu vou te dar um pau, seu moleque safado” em tom ameaçador, mas só ameaçando.

Até hoje quando nas rodinhas vem a baila a Copa de 70, todos lembram do Brito e riem da corrida do Pernoca apavorado e gritando , sem olhar para trás. Nós demoramos cerca de 40 minutos para acha-lo, no meio de um terreno baldio, atrás de uma moita, tremendo e com um tijolo nas mãos e só saiu com as juras de todos que a seleção   já estava longe.

Jayme Antonio Ramos

 

LUSA GOLEIA E VAI ÀS FINAIS !

gol da lusa contras.bernardo

Jogando quarta-feira no Estádio Dr. Oswaldo Teixeira Duarte, a Lusa goleou o S. Bernardo F. C. por 3 a 0 e agora vai às Finais da Copa Paulista contra o Marília. O primeiro jogo será domingo às 15 h no Estádio Bento de Abreu na bela Cidade Moça.                                    Com o resultado obtido nas Semifinais a Portuguesa irá, após   alguns anos disputar  no próximo ano um torneio de âmbito nacional, ou seja o Campeão da Copa escolhe entre disputar a Copa do Brasil ou Brasileiro da Série D . Vamos apoiar o Rubro-Verde do Canindé.