PEÇAS RARAS NO LIVRO DO LAUDO

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Hoje soltamos mais uma história do livro ” Parimemórias” do  grande jornalista, infelizmente já falecido, Laudo José Paroni e que ele me mandou pela internet numa tarde triste

de domingo, alguns dias após o meu pai ter falecido. Meu pai a quem o Laudo tinha uma grande consideração.

A história de hoje , curta mas interessante. Quem conheceu os personagens, como eu , vai se lembrar dessas e outras histórias desses dois antigos parienses.

LOUCO & BOQUITA

O irreverente  Louco esbanjava alegria. Estava sempre pronto para participar de brincadeiras e artes. Responsável no serviço e  impecável chefe de família, era uma criança crescida, no bom sentido. Certa ocasião, prometeu entrar de motocicleta   no Pif-Paf, só para dar “um susto” no Favas,  o dono do bar. Na hora do aperitivo, quando o pessoal já se juntava perto do balcão para tomar umas e outras, eis que  Louco adentra o recinto pilotando a  moto. Entrou por uma porta e saiu pela outra em disparada, para desespero do Favas, assustando quem não sabia da aposta.

Quando se encontrava com o Boquita, baixinho e atarracado, dono de uma boca enorme que chegava a medir – sem exagero –  12 centímetros de uma ponta à outra, era uma festa. Louco enchia um copo de cerveja e  usando apenas os dois dentes caninos,  segurava-o na boca. Depois, sem a ajuda das mãos, bebia todo o conteúdo. Em seguida, ainda com os dentes, depositava o copo no balcão. Para não ficar por baixo, Boquita  colocava o copo cheio de cerveja no chão do bar, abaixava-se e o  pegava com sua enorme  boca. Ao mesmo tempo em que se levantava, bebia a cerveja.  Sem usar  as mãos!  Esse show repetiu-se durante muito tempo  e tinha platéia garantida.