Bela foto do arquivo da Maria Aparecida Ferroni Rocho, com vários seus parentes. Gente que ajudou a construir o progresso do Pari.
Mês: Outubro 2011
Futebol no Pari
E. C. XII de Outubro
ESPORTE CLUBE XII DE OUTUBRO – Pari
Uma das mais tradicionais equipes da Várzea paulistana.
Ao Doze nossas homenagens.
Pariense famoso
Dando sequência à série ” Pariense Famoso , falarei não de um pariense famoso e sim de tres de uma mesma família, os Rielli.
O patriarca foi o sr. José Rielli, que nascido em Pisa ( Itália ) veio com seu pai ainda criança para o Brasil. Morou alguns anos em Itu, onde hoje é nome de rua e adotou o nosso querido bairro doce para morar. Apesar de estrangeiro, adorava a nossa música de raiz, a verdadeira música sertaneja. José, ao lado de dois outros ícones do rádio brasileiro, Torres e Florêncio, criou o primeiro trio sertanejo do Brasil e que fez por décadas um sucesso retumbante. Esse trio tambem é nome de uma rua na Vila Prudente. Aproveitando a deixa , o Pari homenageia pouco os seus filhos famosos. Como eu dizia ,José tinha um programa na rádio Record, na época do Paulo Machado de Carvalho, de grande audiência.
José deixou para a música, dois filhos não menos ilustres. Um deles , o Oswaldo Rielinho, formou um trio sertanejo não menos famoso do que o do seu pai, ao lado de Serrinha e Zé do Rancho ( pai do inesquecível Ranchinho ). Riellinho, tambem fez sucesso na mídia, com um programa na rádio Tupi, do Chateaubriand.
Emílio Rielli, o filho mais velho do José, foi um grande músico de formação erudita, foi regente dos corais da Santa Rita de Cássia e de Santo Antonio do Pari, este último muito famoso, cantando em várias cidades de dentro e fora do estado e ao lado de cantores internacionais.
Um tio meu cantou no Santo Antonio na época do Maestro Rielli e assim como outros (as) seus contemporâneos lembram com muita saudade da competência do sr. Emílio. Eu cantei no mesmo coral, anos depois regido por outros maestros, mas quando os cantores mais antigos se referiam ao Rielli, com comparações inevitáveis, os maestros de então se curvavam ante tamanha e reconhecida aptidão.
Enfim, o Pari tem demonstrado em sua história, a diversidade e acima de tudo a qualidade de seus filhos, o que para nós, amantes de sua tradição, nos enche de orgulho.
Pari e suas histórias – Parte XCIII
Não é uma série, nem noiva 2 é uma história semelhante aquela da semana passada. Desta feita quem nos manda a história é a Ilda, que criou coragem em contá-la, motivada pela da semana passada. Vamos a outra noiva a da rua Itaqui. ocorrida na década de 20:
Uma menina de nome Cosma , vinha da venda do Nicolino Farelli , onde hoje é o Pif-Paf , pela rua Itaqui, perto da rua Paganini . Era tudo mato, só havia aquele caminho de terra batido e algumas luzinhas que elas acompanhavam. Cosma nunca teve medo de nada, mas sua irmãzinha , a Nina, era vidente. De repente, ela disse qe havia uma moça de branco embaixo da árvore . Cosma morreu de rir , mas apertaram o passo. Havia alguns homens bebendo num boteco. De repente ,Nina disse que a noiva estava correndo atras delas, mas Cosma olhou para trás e não havia ninguém. A rua , que era de terra, um silêncio tremendo e todo mundo ouviu uma garrafa explodir e a Nina cair no chão gritando de dor. Os homens do boteco correram, mas não se achou nada, nem um caco de vidro, nada. Descobriu-se anos mais tarde, que realmente uma moça morreu ali vestida de noiva. Foi morta pelo noivo com uma garrafada na cabeça, porque ele descobriu que ela não era mais virgem. Não se sabe em que ano foi essa história da noiva, mas a moça vivia ali como um fantasma . O que é interessante é que essa história foi na década de 20 e muita gente viu nas pernas de Nina, as marcas de ferimento .
As ruas do Pari
CORONEL EMÍDIO PIEDADE (RUA)
Denominada pela Lei nº 2059 de 12 de março de 1917 O tenente-coronel Emídio José da Piedade foi político paulista. Como representante de São Paulo, teve assento nas Assembléias Provinciais de 1874-75, de 1882-83, de 1884-85 e de 1888-89. No período republicano, o coronel Emídio Piedade tomou parte nos trabalhos da 4ª. Legislatura, de 1898-1900, e na 5ª., de 1901-1903.
Matéria extraída do blog do Quinto Cartório.
Esta antiga rua do Pari, tem início na rua Mendes Gonçalves e termina um quilometro depois na rua Joaquim Carlos. Antes de ter esse nome chamava-se
rua do Trabalho, sim lá moravam , vários trabalhadores das diversas indústrias da região. Será coincidência terem tirado esse nome justo no ano da Grande Greve Geral que houve em São Paulo, cujo ponto central das reuniões era ali perto, no largo da Concórdia? a greve geral em si , não, pois foi em julho do mesmo ano, mas as condições para a mesma estavam criadas e estavam em ebulição. O nome mudado, fatores ideológicos à parte é mais dessas besteiras que as autoridades fazem a esse respeito, mas como falei várias vezes nesse assunto seria redundância da minha parte tocar nele .
Na Emídio , além de um forte comércio, temos também na esquina com a rua Rio Bonito, o 12 D P Pari e o Colégio Saint Clair. Aliás este colégio, já famoso no Pari, faz uma festa junina bem típica, ela extrapola os limites do colégio e vai à rua , onde se realiza um animado arraiá, temos até uma foto neste blog.
População da região central cresce
Centro de SP ganha 63 mil habitantes
Dez distritos inverteram tendência de queda registrada desde os anos 1990 e agora população cresce mais que a média de toda a cidade
Colaboração de Carlos Eduardo Entini
O centro de São Paulo inverteu a tendência de queda dos anos 1990 e viu o número de moradores aumentar acima da média entre 2000 e 2010. Enquanto a população paulistana cresceu 7,9% na última década, a do centro aumentou 15,4%, um ganho de 63.774 habitantes. Boa infraestrutura, facilidade nos deslocamentos e uma rede de serviços foram redescobertos por quem escolheu, na última década, morar em locais como Sé, República, Santa Cecília ou Bela Vista.
Entre os dez distritos centrais da capital paulista, apenas um, a Consolação, teve um aumento de população menor que a média da cidade. Mesmo assim, cresceu 5,2% – mais que Pinheiros, na zona oeste, por exemplo (3,8%). De 1991 a 2000, a Sé assistiu à fuga de 26% de seus habitantes. Nos últimos dez anos, reverteu a tendência de queda com um aumento de 17,6% no número de moradores. O Bom Retiro teve um crescimento populacional de 27,4%, entre 2000 e 2010, depois de ter perdido 26,4% nos anos 1990.
Embora diferentes, dados da Secretaria Municipal de Habitação divulgados nesta semana já apontavam a volta do crescimento do centro paulistano. Segundo a prefeitura, oito distritos do centro ganharam 12 mil habitantes entre 2000 e 2010, e a população chegou a 411 mil
O auxiliar administrativo Osmar Pereira, de 22 anos, chegou à Bela Vista há três anos. Ele morava a cerca de 70 quilômetros dali, em Juquitiba, no sudoeste na Região Metropolitana, e optou por ficar mais próximo dos estudos e do serviço, na República. Ele diz que, fora a economia de tempo em relação aos deslocamentos, ganhou também com a infraestrutura do centro. “Tenho tudo o que preciso por perto: farmácia, shopping, teatro, cinema, mercado. Por isso se tornou uma excelente opção.”
Arrancada. Segundo a professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da Universidade de São Paulo Heliana Comin Vargas, a mudança dos prédios da administração pública para o centro, no fim dos anos 1990, foi o pontapé para o redescobrimento da região. “Deram a grande arrancada, porque trouxeram funcionários com renda fixa mais elevada e alguns acabaram optando por ficar mais próximo do trabalho.”
Para Heliana, existe uma parcela da população que se opõe ao estilo de vida proposto pelos grandes condomínios de alto padrão, semelhantes aos clubes, e que encontra justamente nos imóveis da região central a tranquilidade que procura. “Eles preferem apartamentos confortáveis, sem muito barulho e outros incômodos.”
O urbanista Nabil Bonduki afirma que esse processo poderia ter ocorrido de forma mais intensa nos últimos anos, com mais investimentos e uma política de estímulo à ocupação por parte do poder público. O especialista também ressalta que o centro deve servir também como opção de moradia para a população de baixa renda. “Não deve se tornar uma área de exclusão social.”
O mercado imobiliário, porém, projeta outro destino para o centro de São Paulo. Segundo o vice-presidente do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (Secovi-SP), Claudio Bernardes, a tendência é que os bairros centrais se tornem cada vez mais o destino de famílias com alto poder aquisitivo, que trabalham nas proximidades da região.
“Hoje, os moradores do centro são os que já trabalham ali, estudantes, ou quem vem de fora de São Paulo”, explica Bernardes. “No futuro, vai voltar a ter o charme das regiões centrais de outras cidades, com um aumento no valor dos imóveis. É um indutor desenvolvimento para o comércio local também.”
Segurança. Em vários aspectos, todos os especialistas concordam: a presença de mais pessoas no centro deve aumentar a sensação de segurança de quem pretende caminhar pelas ruas. Apesar do crescimento populacional da última década, o centro ainda é visto como um local formado principalmente por estabelecimentos comerciais. Por isso, passa 12 horas por dia e dois dias por semana sem fluxo de pessoas. “Onde não se tem o olhar humano, há abertura para atividades ilícitas”, diz a professora da FAU.
Festa na Carrocerias João Pillon – 1944
Festa na Carrocerrias João Pillon, em 1944.
Na 1ª Fila da esquerda para a direita, no fundo empé, o 8º é meu avô
Vitório Pillon, ao lado sua filha Eurydice Pillon (a que cantava na
Páscoa, ela fazia o papel da Verônica), ao lado sua filha Doly Pillon,
ao lado não sei, mas a seguir vem a filha mais velha Ester Pillon.
2ª Fila, do meio, da esquerda para a direita a 3ª é a esposa do Álvaro
Pillon, Judith Mantovani Pillon e atrás dela, a esposa do meu avô,
minha avó Cecília Carlet Pillon.
3ª fila, ao lado do sanfoneiro, Vladir Pillon, meu pai aos 9 anos.
Meu tio Wilken Pillon não está na foto, pois estava no Rio de Janeiro
se preparando para partir para a Europa lutar na 2ª Guerra. Chegou até
a embarcar em 1945, mas graças a Deus a guerra terminou.Vou te mandar
uma foto dele com o uniforme ainda. Meu tio Álvaro devia estar
batendo a foto, pq asssim como eu ele era o fotografo da família.
Thereza Pillon
F oto do belo Arquivo da Thereza Pillon, nos mostra uma festa na Fábrica de Carrocerias João Pillon, uma empresa que foi um dos orgulhos do bairro.
Esta postagem tem a assessoria da Nádia Galbiati Ramos.
Promova a Paz, entregue sua arma !
Pariense famoso
Hoje na seção ” Pariense famoso”, vamos falar do Bobby Di Carlo, um pariense de nascimento e de coração. Por tabela , vale a citação do Wagner Benatti,outro pariense de quatro costados, compositor de um sucesso estrondoso ” O tijolinho”, gravado pelo Bobby.
Apesar de não ser um momento dos mais adequados, queria enviar ao Wagner ( Bitão dos Pholhas ) e à sua família , as minhas sinceras condolências pelo passamento de sua genitora Sra. Neide Jardim Benatti, uma pessoa muito querida e respeitada pela minha família.
Vamos à entrevista de Roberto ( Bobby ):
Categoria: | Outro |
Z- Você gostava do Elvis? Qual foi o cantor que mais te influenciou?
BC- Gostava de algumas canções do Elvis. Mas os meus cantores preferidos eram o Little Richard e o Rick Nelson.
Z- E os Beatles?
BC- Até hoje, continuo gostando dos Beatles. Penso que todos da minha geração foram influenciados por eles tanto nas canções, como na maneira de se vestir e mesmo na irreverência.
Z- Como foi sua participação no programa “Jovem Guarda”?
BC- Em 1966, acontecia o programa Jovem Guarda na TV Record. O Sérgio de Freitas que era radialista me convidou para voltar a gravar. Ele me apresentou ao Wagner Tadeu Benatti, compositor que dentre várias musicas me mostrou “Tijolinho”. Gostei e fomos à cata de uma gravadora. Acertamos com a Mocambo, gravamos e a canção fez um relativo sucesso. A Record me contratou para o programa do Ronnie Von aos sábados e no Jovem Guarda aos domingos.
Z- Havia uma concorrência muito forte entre o senhor e os outros cantores jovens da época?
BC- Não vejo como concorrência. Na verdade, havia uma disputa para alcançar as paradas de sucessos. Mas sempre houve espaço para todos os intérpretes e grupos musicais da época.
Z- Cantores da Jovem Guarda como o senhor, Erasmo Carlos, Marcos Roberto e tantos outros eram tidos como bregas. O que o senhor pensa disso?
BC- Na verdade, o que é moda hoje, amanhã poderá ser brega. Na minha época, nosso estilo musical poderia ser considerado cafona.
Z- Havia muito preconceito contra a música jovem na época?
BC- A competividade entre os cantores da época podia até gerar um certo preconceito das pessoas mais velhas. Mas naquele momento nem eu, nem os outros cantores que estavam começando pensávamos nisso. Porque tudo girava em torno da Jovem Guarda, que era um grande movimento musical de toda uma geração.
Z- Um de seus maiores sucessos foi “Boneca que Diz Não”. Como surgiu essa música?
BC- Na verdade, “A Boneca que Diz Não”, é uma versão gravada originalmente por Michael Polnareff um cantor belga. Como ele estava no topo das paradas, acabamos fazendo essa versão que teve grande repercussão e fez bastante sucesso.
Z- Como surgiu “Tijolinho”?
BC- O compositor da canção, o Wagner fazia parte do grupo Os Megatons. Gravamos essa canção como música de trabalho do meu primeiro LP e o resultado foi muito bom. Esse LP foi excelente porque não havia restrições na escolha das músicas, arranjos, em nada. E “Tijolinho” acabou sendo o meu maior sucesso.
Z- O segundo disco foi feito da mesma maneira?
BC- Gostei muito do resultado do primeiro. Infelizmente, o segundo foi feito de uma maneira não muito satisfatória. A escolha das músicas, os arranjos, a pressa para se lançar, a capa. Enfim, o resultado não foi muito bom.
Z- Hoje, você avalia que o resultado do segundo disco não ter sido satisfatório prejudicou a sua carreira?
BC- Embora não tenha ficado como eu queria, não abalou os meus propósitos.
Z- Como era o assédio do público feminino aos cantores da JG?
BC- Comparado aos dias de hoje, o assédio era mais comedido. Porém, era muito grande. Para nós, na verdade, esse tipo de coisa era muito bom.
Z- Como foi sua participação nos filmes “Adorável Trapalhão” e “Juventude e Ternura”?
BC- Minha participação no “Adorável Trapalhão” foi pequena. Eu aparecia cantando “Cuidado Pra Não Derreter”, que era uma das músicas de trabalho do meu disco. Já no “Juventude e Ternura”, meu papel era maior. Eu fazia um guitarrista, chamado Paulinho que tocava na banda da Wanderléa. Ela fazia a personagem Beth. Curiosidade: os dois filmes eram produções do Jarbas Barbosa, irmão do Chacrinha.
Z- Após o fim do programa, o senhor continuou a carreira musical?
BC- Sempre gostei de música e continuo como músico, arranjador e produtor de um estúdio. Espero ainda um dia poder mostrar mais algumas coisas para o grande público.
Z- O Roberto Carlos proibiu a comercialização da biografia “Roberto Carlos Em Detalhes” de Paulo César de Araújo. O que o senhor achou disso?
BC- Na verdade, eu não sei te dizer. Não li a obra literária e não saberia dizer os motivos que levaram a proibição do livro.
Z- Pra encerrar, o que a Jovem Guarda significou para o senhor?
BC- Pra mim, foi algo maravilhoso e inesquecível. Eu sempre gostei de música, e durante o programa eu conseguia fazer o que eu mais gostava com o reconhecimento do grande público.
O Tijolinho
Eu sei se esperar mais um pouquinho
Meu amor, meu carinho pra você vou dar
Sem me arrepender
Demorei mas encontrei você e é sincera
E agora não já quero mais esta longa espera
Por que?
Você é meu amorzinho
Você é meu amorzão
Você é o tijolinho
Que faltava na minha construção
É verdade, é verdade, é verdade
Solo:
Você é meu amorzinho
Você é meu amorzão
Você é um tijolinho
Que faltava na minha construção
Você é meu amorzinho
Você é meu amorzão
Você é um tijolinho
Que faltava na minha construção
É verdade, é verdade, é verdade
Futebol no Pari
Pari e suas histórias – Parte XCII
Hoje quem vai contar a história é uma colaboradora do blog, a Teresa Pillon, que inclusive teve a oportunidade de conhecer , quando pequenina , uma
das personagens:
” Conversei com a filha da Zulmira e ela me contou a história
verdadeira, segundo palavras dela do espírito da noiva .
O local, era em frente ao leite União, onde ficava a chácara da
família Fernandes.
Foi por volta de Novembro de 1928, a dona Luzia , na época com 18 anos,
foi comprar remédio para o marido Laurindo e pediu para a irmã, com 9 anos, a Zulmira,
acompanhá-la.
Na volta, a Zulmira comentou que uma moça de branco, que ela via com um
véu, estava vindo em direção a elas. Aí, as duas começaram a correr e
realmente se ouviu o estouro de uma garrafa e nada foi encontrado.
Apenas Zulmira ficou com a perna torna e minúsculas pontinhas como
vidros. Ela ficou por meses mancando, o que obrigou a mãe das duas, dona Gioconda, a procurar um “Centro” espírita. Na época
isso não existia e era mal visto. Ela encontrou um na Zona sul. Lá o
espírito da moça se revelou e disse que havia feito uma maldade grande com
uma mocinha da platéia. Pediu perdão para a Zulmira e disse que estava com
ódio, porque seu noivo a havia matado embaixo da árvore. A Zulmira mancou
um pouco por décadas.
O interessante e que eu não sabia, foi que a vizinha da Zulmira após
ela mudar-se do Alto do Pari para próximo a Santa Rita, após uns 35
anos, numa tarde em que as mulheres se reuniam para fazer tricô juntas
e conversar. Uma delas disse que quando pequena tambem viu essa moça de
branco embaixo dessa árvore.”
Agradeço a Teresa pela história, você também caro leitor se quiser mandar uma história, mande-a para o meu e mail, que é naciwa@gmail.com
e claro que se for do seu desejo, mudaremos nomes e ocasiões , para não causar
transtornos a parentes ou amigos dos personagens.
As ruas do Pari
Hoje vou falar de uma rua do Pari/Canindé que é quase totalmente comercial. E um comércio forte de utensílios domésticos, brinquedos , artigos importados os mais diversos.
Foi uma loja desta rua que iniciou há décadas esse comércio, no início eram baldes de alumínio, talheres e os clientes na maior parte eram feirantes, era a Casa Arduin. Hoje o Canindé é tomado por um comércio forte, com prédios modernos.
Esta foto que nos foi fornecida pelo Aderbal Amaral, nos mostra um tempo que a Conselheiro era quase que totalmente residencial , um outro comércio, com destaque do famoso restaurante qe existe da década de 40, Casa Santos.
Dia 25 , mais uma tarde de chá no Independência
Médicos, aos srs. o nosso muito obrigado !
Foto de Thereza Pillon
FAMÍLIA DI MAINE – Todos nascidos no sul da Itália e vindos para o Brasil por volta de 1890. Da esquerda para a direita: Margarida Di Maine, Domenico Di Maine, CHATARINA DI GRAZIA E FIDELE DI MAINE (bizavós de Camillo Christofaro do lado paterno), Concheta Di Maine (minha tataravó) e Francisco Di Maine. Esta faltando nesta foto GRAZIELLA DI MAINE CRISTOFARO (avó paterna), que estava de “resguardo” de PASCHOAL CHRISTOFARO. Que na década de 20, se casaria com ESPERANÇA LANDI e nasceria nosso querido CAMILLO CHRISTOFARO.Linda foto , creio que do fim do século XIX, enviada com o texto acima por uma pariense que é de duas famílias importantes do Pari, a Pillon, a que nos referimos em posts anteriores e a Di Maine. Trata-se de Thereza Pillon, uma pessoa que tem uma memória fabulosa e ama e conhece a fundo a história do Pari, a quem agradeço por me enviar esta jóia da história do bairro doce de São Paulo.
Uma das pessoas mais lutadoras e empreendedoras que o bairro teve no início do século XX, construindo residencias, gerando progresso, foi dona Graziella Di Maine, mais tarde Christopharo, uma verdadeira líder, que infelizmente não pode estar nesta fotografia.
Futebol no Pari
Nesta foto pertencente ao arquivo do Domingos Curci Sobrinho, vemos um jogo de Casados 1 X
Solteiros 1, do pessoal do Bandeirantes no campo do Silva Telles. O campo do Silva ficava onde
até há pouco tempo se situava a Balanças Filizola, na hoje av. Marginal com a rua Joaquim Carlos. Por sua vez o Bandeirantes nessa época da foto ( 19/10/58), era uma equipe forte .
A sua sede era no bar da rua Itaqui com a Paganini, que era propriedade do pai do Odair Fininho, excelente ponta esquerda do próprio tricolor e mais tarde do Estrela. Este uniforme era o de número dois , o de número um era igual da seleção paulista , ou seja listras verticais pretas e brancas , punhos e golas vermelhas. O Bandeirantes teve excelentes equipes e quando criança ainda lembro de ver jogos memoráveis do Bandeirantes contra o Tupi-Gurany, nos festivais no campo do Estrela , eram jogos disputados em alto índice técnico e com vitórias de lado a lado, o estádio estrelano lotava para ver esse antigo clássico do bairro.Na foto vemos entre outros o Chicão, o
Albella e o Tito.
Pariense famoso
Norma na foto abaixo com alguns dos integrantes do Teatro Municipal, que participaram da ópera Salvador Rosa, em 1981, uma das suas inúmeras atuações .Não poderíamos esquecer de maneira alguma da grande , da grande música, soprano, destaque do Coral do Teatro Municipal de S. Paulo,como tambem com sua carreira solo, da querida Profa. Norma Cresto, nossa vizinha por muitos e muitos anos. A Norma se foi é bem verdade, que teve sua vida levada à cabo num crime misterioso, mas esse crime como alguns outros em nosso bairro são um capítulo à parte .
A foto acima e a homenagem do violonista Eduardo Machado dos Santos, um dos muitos alunos da Professora Norma Cresto que levam a vida espalhando a alegria, o sonho, o prazer e tudo o mais que a música nos traz. Nós temos no nosso blog a participação de um outro aluno brilhante que é o Failde
Nesta seção ” Pariense Famoso”, de hoje homenageamos na memória da Norma, a todos os professores parienses ou não , a quem prestamos a nossa reverência.
Vou citar nomes de alguns professores parienses , todos os tem no seu coração e na sua memória, estes e outros , mas, seria impossível citar todos.
Como eu tenho , para não magoar ninguém, todos tem a sua Izilda, Célia, Guiomar, Marina, dona Adelaide, dona Brígida, a querida Lili, esta não dava para deixar de citar, a Célia irmã da Lili, a outra irmã da Lili que eu não lembro o nome, o Pinheiro, o Fauze, a Mariana, o Frei Agostinho, o Frei Eurico e tantos outros e outras que deixaram no Pari , no coração do Pari e na memória , marcas indeléveis de saber, amor, carinho e amizade.
As ruas do Pari
CARNOT (RUA)
Denominada pelo Ato nº 927 de 24 de agosto de 1916 Sadi Carnot, presidente da França, nasceu em Limoges no ano de 1837. Aluno da Escola Politécnica e da Escola de Pontes e Calçadas, foi nomeado em 1863 secretário adjunto ao conselho de Pontes e Calçadas e enviado no ano seguinte, como engenheiro, para Anneci. Eleito deputado por Baune, foi nomeado subsecretário do Estado das Obras Públicas (gabinete Dufaure, 1878), e depois, em 1880, Ministro das Obras Públicas. Reeleito em 1881, fez parte do gabinete Brisson (1885), tendo a pasta das Obras Públicas, que depois trocou pela da Fazenda. Foi o primeiro que teve a coragem de declarar ao País os déficits, até então dissimulados à nação, demonstrando ao mesmo tempo a necessidade de medidas sérias na economia. Em 1887 sucedeu a Júlio Grevy como Presidente da República Francesa. A 24 de junho de 1894, no meio das festas da Exposição de Lion, o presidente Carnot foi assassinado com uma punhalada por um anarquista italiano. Deixou a quantia de 50.000 francos, que sua esposa aplicou na criação da Fundação Carnot que, segundo sua vontade, tinha por fim distribuir socorro às viúvas de operários.Rua importante do Canindé, outrora residencial, hoje é um comércio fervilhante. Temos uma foto de uma casa bem antiga da Carnot , uma foto da citada rua na década de 50 e um cartaz referente à morte de Sadi Carnot, então Presidente da França.
Na rua Carnot na década de 20 , dois portugueses fundaram a A. A. Serra Morena, nome dado em homenagem à região onde ambos nasceram, hoje um dos melhores clubes da várzea paulistana.
Amanhã tem Coral da USF
Pari e suas histórias – Parte XCI
VIVA O DIA DAS CRIANÇAS !!!!!Esta foto é da Cruzada Eucarística Infantil da Igreja Santonio do Pari, nos anos 60.
Nesta foto estão dois de meus irmãos e vários amigos.
Este foi um tempo em que todos os dias eram dias das crianças.
Sisudas nas fotos? hã, hã, depois que saíam da pose , ninguém segurava, empurra-empurra, chutando pedra, enchendo a paciência das meninas , puxa a trança de uma, dá um tapa na boina da outra.
As crianças tinham tempo para tudo, para ir à igreja, para estudar , para brincar, na rua ou em casa. Jogava-se bola na rua, ou num campinho próximo.
Jogava-se bafo, soltava-se peixinho, quadrado, hoje graças a linguagem global/carioca é pi~pa, jogava-se botão, esconde-esconde, apostávamos corridas pelo quarteirão e prestem atenção , morávamos no Pari, bairro da zona centro de São Paulo.
Fazíamos amizade e brigávamos também , aprendíamos a nos defender desde cedo, porque o mundo que nos esperava era de concorrência, guerra, quase como o é hoje. Éramos felizes e sabíamos, tudo com muita simplicidade , mas
não reclamávamos de nada , Dia da Criança? ainda não existia, aliás nem Dia de Na. Sra. Aparecida era, pois o Dia da Padroeira do Brasil era em outra data e não era feriado.
O 12 de outubro era , os professores nos falavam , Descobrimento da América , aquela da ta do La Pinta , La Niña e La Santa Maria, mas não explicavam muito, ué , porque til no n? ué se fosse Ninha não seria assim? isso elas não explicavam.
Ah ! Doze de Outubro , é aquele time lá da Vacaria…então está bom.
Eu falei de professores, sim , quando adentravam à sala de aula , os alunos levantavam e só sentavam após a sua autorização. E se levássemos uma anotação que teria que ser lida e assinada pelo pai ou responsável, que fria…
Por isso nos era ensinado o respeito e a hierarquia, dentro de casa, vai pro quintal que é conversa de adulto. Prá que saber de problemas, se não precisávamos daquele assunto ? o que nos importava era ser criança , ouvir a cantiga de ninar, os pais contarem historias da família e brincar, brincar, enfim todos os dias e o dia todo eram das crianças.
Jornal do Brás em festa !
Chá do Brás, assim também é conhecido o inédito evento social de São Paulo, realizado há 5 anos e meio, agora na última terça-feira de cada mês no Clube Independência, à rua Carlos Botelho, 466, onde dia 27 de setembro tivemos uma festa especial comemorando os 71 anos do Milton George, Presidente do jornal.
No mais recente, teve a participação do elenco Sandrinha Sargentelli com samba quente em Lá Maior. Além das mulatas, a Tarde de Chá trouxe o cantor Márcio Mendes do Trio Los Angeles. Veja alguns flashes:
Cobertura: Eduardo Martellotta, Eduardo Tourinho e Nelson Takeyama
Sandrinha Sargentelli trouxe as mulatas do Ziriguidum no Chá
Márcio Mendes encantou o evento mais uma vez
84a. Festa da Aparecidinha
Futebol no Pari
ALFA
ALIANÇA DO NORTE F.C.
S.C. ALUMNY
C. SPORTIVO AMÉRICA
AMÉRICA F.C.
S.C. AMERICANO
S.C. AMERICANO – ex-C.A. AUDAX
ANTÁRTICA F.C. – 01-07-1937
C.A. AUDAX – depois S.C. AMERICANO
AUTO S.C.
A.A. BARRA FUNDA – Barra Funda
S.C. BRASIL
BRAZ A.C. – Brás – 1924
S.C. BRITANIA
A.A. CAMBUCI – Cambuci
A.A. CAMPOS ELYSEOS – Campos Elíseos
CASTELÕES F.C.
A.A. CINCO DE OUTUBRO
A.A. COLOMBO
COMERCIAL F.C. – 13-04-1939
S.C. CONCÓRDIA
S.C. CORINTHIANS PAULISTA – 01-09-1910
CRESPI F.C. – Moóca – 20-04-1924 – em 1930 passou a se chamar C.A. JUVENTUS
EDEN LIBERDADE F.C. – Liberdade – 31-12-1898
A.A.ESTRELA DE OURO
ESTRELA DA SAÚDE F.C. – Jabaquara – 01-09-1917
C.A. ESTUDANTES PAULISTAS
FLOR DO BELÉM F.C. – Belém – 02-05-1917
S.C. GERMÂNIA – 07-09-1899 – em 18-03-1942 passou a se chamar EC PINHEIROS
A.A. GRÁFICA DESPORTIVA
A.A. GUANABARA – Paraíso – 03-09-1914
A.A. GUAPIRA – Jaçanã – 20-10-1918
A.A.HELVETIA
S.C. HUMBERTO I – Vila Mariana – 01-09-1914
C.A. INDEPENDÊNCIA – ex-C.A. SANT’ANNA
S.C. INDEPENDÊNCIA
S.C. INTERNACIONAL – 19-08-1898 – extinto em 1930
ITÁLIA F.C.
JARDIM AMÉRICA F.C. – Jardim América
JUTA BELÉM F.C. – Belém
C.A. JUVENTUS – Moóca – 20-04-1924 como CRESPI F.C. – em 1930 passou a se chamar CA. JUVENTUS
LAPEANINHO F.C. – Lapa – 01-06-1923
S.C. LIBANEZ
A.A.LIBERDADE
LUSIADAS F.C.
E.C. LUSITANO
LUZITANO F.C. – Pari – 1929 O nosso grande rubro-verde, a maior torcida do bairro.
S.C. LUZITANO – em 1939 COMERCIAL F.C.
A.A. MACKENZIE COLLEGE – 18-06/8-1898
A.A. MARANHÃO
A.A. MARQUÊS DE POMBAL
MINAS GERAES F.C. – Brás – 05-03 ou 03-05-1910
NACIONAL A.C. – 16-02-1919 – ex-SÃO PAULO RAILWAY A.C.
C.R. NITRO-QUÍMICA – São Miguel Paulista – 30-06-1929
A.A. ORDEM E PROGRESSO Um gigante no Canindé
ORIENTE F.C.
PALESTRA ITÁLIA – 26-08-1914 – em 1942 S.E. PALMEIRAS
A.A. DAS PALMEIRAS – 09-11-1902 – extinto em 1929
PALMEIRAS F.C.
S.E. PALMEIRAS – 26-08-1914 – ex-PALESTRA ITÁLIA
C.A. PARQUE DA MOÓCA – Parque da Moóca – 01-03-1924
C.A. PAULISTA – Freguesia do Ó – 20-10-1918
A.A. PAULISTANA – Belém – 04-03-1919
C.A. PAULISTANO – 19-12-1900 – parou o futebol em 1930
PAYSANDU F.C. – 1916 – extinto no mesmo ano
E.C. PINHEIROS – 18-03-1942 – ex-S.C. GERMÂNIA
A. PORTUGUESA DE DESP. – 14-08-1920 (Vasco da Gama 26-11-15+LusitaniaEC) a Lusa do Canindé
A. PORTUGUESA – MACKENZIE
A. PORTUGUESA DE SPORTS
E.C. PROGRESSO – Santo Amaro
A.A.REPÚBLICA
RIO BRANCO F.C.
ROMA F.C. – Água Branca – 01-06-1918 – depois C.A. ÁGUA BRANCA
RUGGERONE F.C.
C.A. SANT’ANNA – depois C.A. INDEPENDÊNCIA
SANTO AMARO F.C. – Santo Amaro – 25-01-1938
A.A. SÃO BENTO – 18-12-1913 – extinto em 1933 – Colégio São Bento
A.A. SÃO GERALDO
SÃO PAULO ATH. CLUB – 13-05-1888 – extinto em 1912
SÃO PAULO F.C. –(AA PALMEIRAS+CA PAULISTANO) – 25-01-1930 – extinto em 1935 e retornou no final do ano com o mesmo ano.
SÃO PAULO F.C. – 16-12-1935
A.A. SÃO PAULO – 26-07-1914
A.A. RECR E BENEF. SÃO PAULO ALPARGATAS
SÃO PAULO RAILWAY A.C. – 16-02-1919 – em 11-1946 NACIONAL A.C.
S.C. SATURNO
SCOTTISH WANDERERS F.C. – 07-10-1912 – sucessor do São Paulo A.C.
C.A. SILEX
SPARTANOS F.C.
A.A. SUL AMÉRICA
S.C. SYRIO – 11-05-1921 ou 14-07-1917
TERRITORIAL PAULISTA C.
TOURING F.C.
TREMEMBÉ F.C. – Tremembé
UNIÃO ARTÍSTICA E RECREATIVA DO CAMBUCI – Cambuci
UNIÃO BELÉM F.C. – Belém
UNIÃO BRASIL F.C.
UNIÃO FLUMINENSE F.C.
UNIÃO LAPA F.C. – Lapa – 01-09-1910
GRUPO ATLÉTICO VICENTINO
VILA CLEMENTINO F.C. – Vila Clementino
XX DE SETEMBRO ESPORTIVO
VOLUNTÁRIOS DA PÁTRIA F.C. – Santana – 25-01-1914
C.A. YPIRANGA – Ipiranga – 10-07-1906 – parou o futebol em 1958
Quando criança , ouvia os bem mais velhos falarem muito desse clube.
Jogava no Canindé e esses relatos eram unânimes em dizer que o time era muito bom. O meu pai mesmo não lembrava muito, pois no apogeu do Ordem, como era chamado, ele era muito pequeno. Ele dizia aos amigos e eu perto ouvindo, que achava que o campo do Ordem , era para os lados da Itaqui, Carnot, mas não tinha certeza.
Como viram na relação acima ele chegou a disputar o Paulista da 1a. Divisão.
Há poucos anos eu via esse escudo e uma placa dizendo que uma residência da rua Cachoeira , entre Guarantã e Capitão , era propriedade dessa associação.
Não vejo há uns 8 anos mais esta placa.
Em todo caso, desculpem as poucas referências a não ser o distintivo e essa relação sobre esse clube que segundo relatos, foi um gigante na várzea ,
A. A. Ordem e Progresso.
Pariense famoso
Mais um pariense famoso, na verdade era português, mas pariense de coração, empresário de sucesso , fundador da Móveis de Aço Fiel, Presidente do Corinthians de 1941 a 1943, criou um torneio com o seu nome vencido pelo clube que presidia, se retirou da Presidência e ironicamente passou-a a outro pariense o Alfredo Ignácio Trindade, quando este venceu as eleições.
Chefe de tradicional família pariense , que jamais deixou o bairro, onde moram seu filho e seu neto que tem o nome de Manoel também.
Foi um grande pariense , empreendedor, dinâmico e que amava o que fazia.
Pari e suas histórias – Parte XC
Fui ao Instituto Tomie Otake, local onde sempre são montadas diversas exposições.
Numa delas observei cartazes de bondes paulistanos. Lembrei-me do bonde Canindé, que saía da garagem do Canindé e ia até o Centro.
Vários cartazes que faziam parte da exposição lá estavam.
Sentei e a mente foi viajando e comecei a me lembrar daquele bonde.
Os passageiros formavam uma verdadeira família, porisso a gozação era geral.
Corinthianos , palmeirenses, sampaulinos faziam as gozações em cima do adversário num ambiente de total amizade.
Jogadores que no domingo haviam disputados partidas memoráveis pelo Estrela , pelo Serra, pelo Tupi – Guarany, narravam aquele golaço, aquela defesa sensacional e assim a viagem transcorria tranquila. Naquele tempo dava-se o lugar a mulheres , idosos , mas já havia os que fingiam dormir para não fazer a gentileza.Namoros surgiram e alguns se converteram em casamento.
Claro que havia tipos pitorescos, como por exemplo o ” seu ” Adamastor. Era vendedor e pegava o bonde no ponto da Padre Vieira, se visse algum conhecido disfarçava para não pagar a passagem , gesto que havia às vezes entre amigos. Sr. Adamastor ia embarcar no bonde lá perto da Garagem, num ponto quase dentro da mesma. Várias pessoas e davam indiretas. Era uma S. Paulo diferente de hoje, era uma sociedade diferente, um mundo diferente, sem tanta violência.
Enfim, só nos restam lembranças de um tempo diferente , nem melhor , nem pior , totalmente , mas diferente.
As ruas do Pari
Comentários do Quinto Cartório, foto da Nádia Galbiati Ramos.
Conforme já falei outras vezes neste blog, houve uma Revolução em 1924, cujo início se deu no Pari , que inclusive o governador do estado , na época chamado presidente do estado, era o dr. Carlos de Campos, foi afastado pelos revoltosos. Após ter saído da cidade , o presidente deposto se reuniu com tropas federais que vinham do Rio , então capital do país e da Penha de França, na altura da Estação mais tarde batizada com seu nome , bombardeou impiedosamente a capital paulista.
Foi um verdadeiro massacre , pois provocou pânico, fuga em massa de habitantes, meus familiares fugiram para cidades do interior paulista. Foi um terror , o Pari foi bombardeado, assim como outros bairros vizinhos , causando inúmeras mortes e ferimentos. Só cessou o bombardeio, com a retirada dos rebeldes .
Mais tarde , deu-se o nome de dr. Carlos de Campos à uma das principais artérias do nosso bairro. Será um tripudiar sobre a memória pariense, simples coincidência, ou um gesto de conquista, não sei.
Mas, como estamos falando sobre ruas do bairro , aqui está a Carlos de Campos, com a sua tradicional e bela capelinha de S. Pedro e a mais antiga ainda Soc. Benef. S. Pedro do Pari.
Planta do Pary – séc. XIX
Século XIX
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O Caminho do Pary desde o século XVIII
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Futebol no Pari
Hoje falo de um dos mais tradicionais clubes do bairro o E. C. União Silva Telles, mais conhecido como o Vovô da Várzea, pois foi fundado em 1906.
Teve grandes equipes , uma das quais nós vemos acima.
No Futsal Feminino, sua equipe vem conquistando vários títulos e troféus.
Nossa homenagem hoje , portanto vai para o alvi-rubro.