Pariense famoso

Hoje vou falar do Coronel Sidney Gimenez Palacios. Filho de família conhecida no bairro, que foi precursora de um ramo que domina o Canindé hoje em dia, o de utensílios domésticos.

Porém Cel. Sidney teve uma carreira militar onde foi várias vezes condecorado.

Foi Comandante do Policiamento na Zona Sul da cidade.

Fez uma devassa no DETRAN, o que lhe deu fama e prestígio junto a opinião pública, sendo também em virtude dessa ação , sido eleito Deputado Estadual.

Personagem que despertou comentários elogiosos e críticas ferozes, mas não resta a menor dúvida que é um pariense famoso.

 

PARI E SUAS HISTÓRIAS – PARTE LXXX

Esta história me foi contada pelo Pirola ou Pirolito ou Wilson.

Pirola era o batedor de faltas oficial do Flamengo do Pari. Índice grande de conversão em gols, sempre levavam perigo à meta adversária.

Havia um craque no Flamenguinho que nem sempre jogava , embora veterano, depois de ter jogado em várias equipes profissionais. Seu nome ou melhor apelido  era Carecão.

Quando ele jogava, era o capitão do time , mandava em todo mundo, escalava, reclamava com todos. Além de tudo era um craque mesmo.

Houve um jogo do Flamengo do Pari como sempre no campo adversário. Falta na entrada da área, Pirola corre para bater, 0 a 0 no placard.

Carecão grita para o Pirola , ainda novato, ei onde você pensa que vai?

Pirola responde que o técnico pediu para ele bater as faltas, Carecão falou que quem mandava era ele. Pirola ainda bem jovem , abaixou a cabeça , afinal o Carecão era seu ídolo desde a infância, como dizia Pirola saiu de perto cabisbaixo.

Mal havia dado uns vinte passos, Carecão o chamou, ei garoto, agora eu estou mandando, bate a falta !

Pirola bateu a falta, fez o gol, todos se abraçaram, menos um, o Carecão, pois ele não gostava, toda vez que ele fazia um gol ou o seu clube estivesse na comemoração, ele se afastava, pedindo para todos saírem de perto, vamo pro jogo, vamo, vamo, vamo…

Nesse time do Flamenguinho só jogavam craques, mas o líder era o Carecão.

Sérgio e suas memórias

O nosso blog hoje conta com uma crônica que remonta ao tempo desta foto, 1959, G. E. Orestes Guimarães.

Quem nos escreve é o Sérgio Begliomini. No Pari, alguns vão ligar o nome à pessoa, mas a grande maioria, o conhece por Padreco ou El Cura. Por que Padreco? é que quando criança ele estudou num seminário, algum tempo, não sei precisar quanto . Apesar de ser um bom católico , viu

que não tinha vocação sacerdotal, daí o apelido  , pois se fosse ordenado, claro que seria tratado com o respeito que o cargo merece. Conheço o Sérgio de longa data, nessa foto eu estou e ele tambem. Minha mãe é amiga da mãe dele desde mocinha. Seu pai , um homem lutador e de grande fibra, tinha um comércio  na rua Casemiro de Abreu, que é a rua onde minha mãe nasceu e morou até casar.  Mas vamos à crônica do Sérgio:

JAIMÃO…, VOCÊ  NÃO PODE ESQUECER  QUE  NA  SAÍDA DO  “ORESTES” HAVIA TAMBÉM  O BAIANINHO  QUE  VENDIA AQUELE  SORVETE  FEITO EM  CASA, DE LIMÃO, DELICIOSO  JUNTAMENTE  COM  AS  GELATINAS  COLORIDAS, ELE  FICAVA  COM  O  CARRINHO  BEM  EM  FRENTE  AO  PORTÃO  DE  SAÍDA. E, O HOMEM  DA  “BRANCA E PRETA” E  A  BAIANA DAS  COCADAS, TAMBÉM  FAZIAM PONTO  LÁ E O  QUEBRA  QUEIXO, E  AS  RASPADINHAS. E A  SORVETERIA  DO PAI  DO  CARLINHOS  PORTUGUÊS, NA  ESQUINA DA  THIERS  COM  HANNEMAN,  E  O  PÃOZINHO  DE  CARNE  MOÍDA  COM  MOLHO,  QUE  A  ESPOSA  DO  SR. NABUCO  FAZIA PRA HORA  DO  RECREIO. AO LADO  DA CASA LONGO  HAVIA  UMA  FABRICA  DE  PURURUCA, DAÍ O  FORTE  CHEIRO. SEM  FALAR  DO  VENDEDOR  DE  BIJOU  E  SUA  MATRACA. ATÉ  MAIS…                                                                                                       Abraços
                                                                                   Sérgio


Lembranças do Camillo

Dando sequencia às minhas lembranças, lembro-me que após as trocas de figurinhas na banca do Ari tinha que apressar o passo para não perder o horário de entrada no Orestes Guimarães, pois eu me lembro do Seu Nabuco, que ficava tomando conta do portão e dava o horário ele fechava, só poderia depois entrar pela Diretoria.Quando chegava no recreio às vezes ia a Colgate passar o cinema pra fazer propaganda e distribuia pasta de dente pequena pra molecada,na saída era uma festa, tinha o Sr.que vendia umas roscas de coco  e vc. quando comprava tinha direito de rolar a roleta pra ver se ganhava outra,tinha tambem para voltar pegar o bonde Canindé (49), e saltava na curva da padaria Turim,pra não pagar a passagem acreditem nunca caí.Às vezes o Orestes Guimarães levava os alunos pra conhecer a Crush,que ficava Ataliba Leonel,na Vila Guilherme, haja Crush pra beber dava até dor de barriga que beleza.Lembro-me ainda que às vezes na volta do Orestes,quando não pegava o bonde,vinha
embora pela rua Hanemann e ao passar perto da Balnearia, tinha dias que havia um cheiro delicioso de pururuca,que dava água na boca.E a gente voltava numa turminha boa de mais ou menos uns seis garotos,ai entravamos pelo cortiço da Graziela pra cortar caminho e ai saíamos no caminhinho da Sacramento e aí aproveitamos pra subir nos muros do colégio Sta.Terezinha pra olhar as meninas fazerem educação física, e de repen te aparecia o Seo Pedro dono de uma chacrinha que ficava do lado, e partia pra cima da molecada,era uma correria só .Mais tarde continuarei com algumas lembran;as.
Mais uma bela crônica do pariense de nascimento e de coração, o Camillo Cerrato, de uma família que foi vizinha da minha durante muitos anos. Gente finíssima, do Nardão, do Nico, do João, do Miro, da dona Filó, dona Tereza, do esposo dela e nonno do Camillo que eu não lembro o nome , infelizmente.  Família Cerrato, perdeu um filho, na Segunda Guerra que tornou-se Herói da Força Expedicionária Brasilei
ra.

Parienses famosos

Milton Peruzzi, o marcante cronista esportivo palmeirense, morreu no dia 21 de fevereiro de 2001, no Guarujá, litoral de São Paulo.

Longe do microfone, Milton Primo Pierini Peruzzo, o Milton Peruzzi, cantava e vibrava com o seu Palestra invencível. Ele estava morando na Pérola do Atlântico e faleceu vítima de câncer generalizado. O Palmeiras, em reconhecimento ao seu amor incondicional pelo clube, concedeu à sala de imprensa da Academia de Futebol em 2008 o nome de Milton Peruzzi.

Ele comandou por anos e anos, como ninguém, a nitroglicerínica “Mesa Redonda Futebol é com 11″, na TV Gazeta de São Paulo e o programa esportivo radiofônico “Disparada no Esporte”, na Rádio Gazeta da capital paulista. Seu auge aconteceu durante os anos 70 e 80.

Além disso, Peruzzi inventou a expressão “Tudo terminou em pizza”, quando retratou um momento político conturbado do Palmeiras nas páginas de “A Gazeta Esportiva”. É que o conflito político palmeirense terminou nas mesas de uma pizzaria próxima ao Parque Antártica. Hoje, o jornalismo brasileiro, político, econômico ou esportivo, sempre registra a frase “patenteada” por Peruzzi quando quer definir que alguma situação polêmica não teve um final feliz, principalmente quando a opinião pública exige uma punição exemplar acabando por se decepcionar.  

 

Extraída do blog ” Que fim levou” de Milton Neves.

Pariense e palmeirense , Peruzzi era filho de respeitada família antiga do bairro.

Tive a oportunidade de conhecer seu irmão, do qual infelizmente no momento não me recordo o nome. Sua mãe , dona Pierina era muito conhecida da minha  família, como uma senhora de muito respeito e dedicadíssima à sua família. Não perdia um só programa do seu filho Milton, que era motivo de orgulho para ela e para todos os seus. Creio , se não me falha a memória que ele estudou com um dos meus tios no extinto LASP – Liceu Acadêmico São Paulo.

Foi para todos que o conheceram um grande pariense.

PARI E SUAS HISTÓRIAS – PARTE LXXIX

Mais uma vez no quadro “Histórias do Pari “, vemos um trecho do livro escrito pelo saudoso Laudo José Paroni, “Pari memórias “. Hoje é a segunda crônica do grande jornalista, escritor e poeta, que durante muitos anos escreveu uma coluna  muito boa no extinto jornal “Notícias populares”,

Ramão Gomes Portão.

O Ramão foi apresentado ao Pari , pelo Laudo Paroni e logo se apaixonou pela República do Pari, nome criado pelo Laudo e divulgado pelo

nosso cronista de hoje.

Com essa bela crônica, terminamos hoje a leitura do livro do nosso amigo Laudo, esperando com isso , ter homenageado de maneira

simples, mas sincera , esse autêntico Patrono e inspirador do nosso blog.

Laudo, onde você estiver sinta-se homenageado e as minhas orações, creio que de todos que com você conviveram, são para

que esteja ao lado do Pai.

Vamos à  história , ilustrada por uma foto  , já postada aqui, de um dos  bares mais citados aqui no blog , o Pif – Paf  , nos anos 50:

A segunda crônica de Ramão Gomes Portão, publicada no dia 5 de outubro de 1969, tinha o mesmo título – República do Pari e o seguinte teor:

        “ O domingo é bom quando se pode estar à vontade na República do Pari. E hoje é dia. Os bares estarão cheios. Aliás –  e aí estão o Laudo Paroni e o Duca, que não me deixam mentir – o Pari é o bairro onde se tropeça em botequins. E cada um com suas histórias e suas gozações. Por exemplo, no Lambari*, onde você come jacaré, cobra, lagarto, tartaruga, codorna, testículos de boi e  outras invenções  para justificar a cachaça, lá fu nciona a “universidade” da vida. Quem entra ganha, de cara, o título de “doutor” conferido pela dupla Gomes-Martins, os maiores bigodes da paróquia.

           – Olá, “doutor”, o que vai tomar?

          No começo, a moçada estranhava, cada pé-de-chinelo sendo tratado com  rapa-pés, mas depois a própria freguesia entrou na onda. Na verdade, “doutores” são eles na arte do petisco.

           Passeamos pela República do Pari. Cada rua sugere uma evocação. Isso aconteceu numa barbearia. O proprietário – – resolveu pintar 0 estabelecimento, cujas paredes estavam amarelecidas pelo tempo. E tirou tudo o que havia dependurado, relógio, folhinha, quadros,a indefectível fotografia da  moça de maiô. E continuou a limpeza. Viu o rádio na prateleira e não se fez de rogado:

            – Vou lavar o rádio também.

           Isso mesmo, lavar o rádio. Com água e sabão. E assim se fez: a primeira água, o sabão, a segunda água, o ato de enxugar, tudo direitinho. Na hora de ligar,  um estouro lindo. O dono do salão não entendeu o drama e fez outro:

            – Oh, diabo! Vai ver que afoguei o speaker…

            De outra feita surgiu um boato no bairro. O Leonel havia morrido. Para quem não sabe, o tio Leonel é uma das figuras mais queridas da República do Pari. Foi só a notícia se espalhar e todo mundo correr. Ninguém sabia onde ele estava. Nem o Cobrinha. Nem o Caldeira. Muito menos o pessoal do Pif-Paf. O Duca, bom que só ele, já querendo ficar com os olhos marejados. Quem deu a informação exata foi o Jaime:

           – Morreu nada. Está em Minas.

           E explicou melhor:

            – Eu soube   que ele foi mordido por um cachorro louco, m as quem ficou ruim foi o cachorro, que bateu com as dez fácil.

             Voltou ao balcão, bicou o cafezinho e completou:

              – Por falar nisso, a missa de sétimo dia do cachorro vai ser no sábado…

           Mas bom mesmo era quando o Cine Savoy – hoje Cine Roma – dava sessões, só para homens, às segundas-feiras. O cinema lotava. E quem pensa  que só comparecia a jovem guarda, engana-se. E muito bem enganado. Os “coroas” eram os primeiros a chegar. Nesse dia, o pessoal da República do Pari desrespeitava tudo. Até fumar – ato proibido por lei – era comum na sala de espetáculo. E não adiantava o “lanterninha” dar a bronca. Quando isso acontecia, uma voz gritava lá atrás, meio cantarolada:

          – O “lanterninha” não é mais aquele…

           E o resto da platéia, em coro:

          – Palmas para ele!

          Mais ou menos isso. Mais ou menos isso.

           A República, meus irmãos, está bem servida de gente que atuou e atua no teatro, imprensa, rádio e televisão. Fora os que representam diariamente nos botequins, sem ganhar nada.  Pois em cada boteco há a motivação para qualquer gozação. E isso sempre foi assim, nem Deus muda. O Gariba, por exemplo, misto de comediante e compositor. O Eduardo Abbas também é de lá. No Laudo Paroni eu já falei. O Jacinto Figueira Júnior, o “Homem do Sapato Branco”, ainda pontifica por lá. Há quem o reivindique para a Mooca, mas o distinto é “republicano” com profissão de fé. O Bobby De Carlo também. Sem falar no “Jet Blacks”, no Bitão. Um artista diferente, na arte de caçar bandido, também é “republicano”.  Inventou o “Pelotão da Morte”. è o coronel   Sidney Gimenez Palácios.

          Certa vez, estávamos o “Sapato Branco” e eu atrás do médium Marinheiro  para uma entrevista. Mas os seus adeptos mostravam-se renitentes, zangados com uma publicação do jornal, ameaçando o repórter:

          – Mas nós vamos primeiro acertar esse cara.

          E o Jacinto:

           – Meus amigos, não é bem assim. De mais a mais, onde está o espírito religioso, aquela máxima que os senhores ensinam de tolerância, de perdão?

           O fulano engrossou e o “Sapato Branco” também. Só que o Jacinto teve esta saída:

            – Tolerância, meu amigo. Tolerância. Está lá, no livro de Alan Kardec, página 3.

             Foi água na fervura. Aí o moço tranqüilizou-se. Levou-me ao Marinheiro.

             Aconteceu num circo armado no fim  da Carlos de Campos, há anos. O considerado Zé Bananeiro quis ser ator. Disse que ia estudar arte dramática, os cambaus. E arrumou uma ponta na peça apresentada pelo elenco circense, fazendo o papel do Marquês de Marialva. No dia da estréia,a República inteira estava lá para ver o considerado, que surgiu em cena com voz tonitroante:

             – Eu sou o Marquês de Marialva!

             E lá no alto do poleiro:

             – Mentira! Você é o Zé Bananeiro!

            Acabou a função. E o Zé sumiu da República do Pari.”


Nota – “Lambari” era o antigo nome do bar que fica na Rua Maria Marcolina com a Praça Padre Bento, hoje Tropical Drinks.

 Obs.: O  Jayme da História do Laudo é o meu querido líder , amigo e grande pai, hoje no Paraíso, rindo das histórias ao lado do Laudo, do Duca,  do Dóia,  do barbeiro que lavou o rádio,etc.inclusive do Ramão .

Missa do jovem boliviano na Igreja Santo Antonio do Pari

Missa póstuma pelo falecimento do jovem boliviano Wilfredo Rodrigues Chambi.

http://www.flickr.com/photos/boliviacultural/5958053768/

Clique no link e veja a notícia completa , inclusive com depoimentos .

Missa póstuma pelo  jovem boliviano Wilfredo Rodrigues Chambi

Por: Da Redação

Assessoria técnica de Nádia Galbiati Ramos.

Guerra do Chaco no Pari ?

As autoridades devem ficar atentas para uma situação , que se não tomarem cuidados , poderá evoluir para tragédias ainda maiores.

É grande o número de bolivianos no Pari, todos sabem disso. De uns anos para cá, tem aumentado o número de paraguaios.

Ambas colonias disputam o mesmo mercado de trabalho, o têxtil, pois tanto homens quanto mulheres, trabalham duro como costureiros e

trabalhos afins, como arrematadeiras ( os), passadeiras, cortadores ( as ), etc.

Se já não bastasse a rivalidade histórica entre ambos os países, paraguaios e bolivianos trabalham às vezes em oficinas vizinhas.

A concorrência aumenta, o caldeirão está fervendo há alguns anos, briguinhas aqui ou ali, se sucedem.

No último domingo , dia 17 , dois grupos se engalfinharam em plena Carlos de Campos e numa batalha campal com  vários feridos , alguns estão em es-

tado grave, surgiu um morto, lamento e espero que seja o último.

Que as autoridades da segurança , se reunam com diplomatas de ambos os países, membros de organizações de ambas as nacionalidades,

Pastoral do Imigrante , para solucionar este grave problema, pois os parienses , não podem ficar à  mercê de mais esse tipo violência,

que ameaça estar apenas nos primórdios, espero que não , que tais fatos sejam o fim ,mas tenho dúvidas.

Sempre defendi a vinda de imigrantes, que com situações regularizadas, trazem para si condições melhores de vida do que as que

levavam em seus países de origem. Dessa maneira e com o seu trabalho , que sou testemunha é um trabalho difícil , pelo que vejo

em várias oficinas que nos cercam no Pari, tambem estão gerando riqueza para o nosso Brasil.

Mas, como cidadãos e não como escravos , submetidos a maus tratos e até doenças e agora a briga de bandos rivais.

Vamos dar uma breve explicação sobre o título, que extraímos da Wikipedia:

Guerra do Chaco foi um conflito armado entre a Bolívia e o Paraguai que se estendeu de 1932 a 1935.

Originou-se pela disputa territorial da região do Chaco Boreal, tendo como uma das causas a descoberta de petróleo no sopé dos Andes. Deixou um saldo de 60 mil bolivianos e 30 mil paraguaios mortos, tendo resultado na derrota dos bolivianos com a perda e anexação de parte de seu território pelos paraguaios.

E agora vamos ao triste fato , evito dar notas policiais no nosso blog, mas esse assume contornos que vão além do noticiário que vemos

nas diversas emissoras de tv, se não for tomado o cuidado necessário por quem de direito, repito , poderá trazer muitas vítimas,

inocentes, quem vem para um outro país , para ganhar o seu pão honestamente e não para se ver envolvidos numa guerra.

Matéria extraída da agencia Record:

Briga entre imigrantes deixa um morto
e dois feridos no centro de São Paulo

Há suspeitas de confronto entre gangues rivais, de bolivianos e paraguaios

Do R7, com Agência Record

Uma briga entre bolivianos e paraguaios terminou com um homem morto e dois feridos na avenida Carlos de Campos, nº 479, no Pari, centro de São Paulo, por volta das 22h deste domingo (17). A Polícia Militar acredita que o confronto pode envolver gangues rivais.

Um homem de 26 anos morreu no local, após receber socos e pauladas. Os dois feridos foram levados para os prontos-socorros do Tatuapé e de Santana. Eles foram atacados, segundo a polícia, por um grupo de paraguaios logo depois de deixarem uma festa onde imigrantes se reúnem aos fins de semana. Não há informações sobre o estado de saúde dos feridos.

Dois suspeitos foram presos e prestaram depoimento na delegacia. O restante do grupo está foragido.

O caso foi apresentado ao 2º Distrito Policial, do Bom Retiro, mas será investigado pelo DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa).

Pari é bairro amigo do idoso

Conferência para Implementação do Projeto Bairro Amigo do Idoso seleciona 15 propostas

Todas as propostas serão encaminhadas de forma individual para o órgão responsável pelo tema, que irá avaliar a viabilidade de implantação

Imagem do post
Todas as propostas, sem exceção, foram aceitas pela votação dos delegados e serão encaminhadas aos órgãos responsáveis por cada tema, que irão avaliar a viabilidade para sua implantação.
A Subprefeitura Mooca realizou na última sexta-feira (17), das 13h00 às 17h00, a 1º Conferência Regional para Implementação do Projeto Bairro Amigo do Idoso. A conferência se desenvolveu como um fórum de debate e contou com a participação de segmentos da sociedade civil organizada, com a finalidade de avaliar a situação da população com 60 anos de idade ou mais, e demais próximas de completar esta idade, além de apresentar propostas que colaborem para tornar a região mais amistosa a essa faixa etária, conforme orientação da Organização Mundial de Saúde em seu Guia Global: Cidade Amiga do Idoso.

O evento começou por volta de 12h45, com a chegada dos delegados e convidados. Compareceram ao evento 21 delegados, sendo que 18 representavam a sociedade civil, eleitos por votos populares nas seis audiências públicas, que ocorreram nos distritos sob jurisdição da Subprefeitura Mooca. Os demais representaram o poder público, sendo escolhidos pelo subprefeito da região.

Às 13h15, teve início à abertura da conferência na qual compunhaseram à mesa, o subprefeito, uma autoridade pública, uma professora, a coordenadora da Universidade Aberta da Maturidade na Universidade São Judas, o presidente do grande conselho municipal do idoso, e uma doutora em saúde pública e mestra em gerontologia.

Todos os participantes da mesa tiveram a oportunidade de se expressar e mostrar o devido apoio à ação pioneira implantada pela Subprefeitura Mooca. Em seguida, a palestrante Dra. Marília Viana Berzins discursou por volta de 20 minutos, falando sobre a situação das pessoas idosas em São Paulo. Em seu pronunciamento, ressaltou que a população paulista está envelhecendo e já passa de um milhão de pessoas, defendendo a necessidade de que as políticas públicas sobre o tema sejam repensadas para suprir a necessidade dos idosos. A doutora afirmou diversas vezes que os idosos não querem privilégios, gostariam apenas de serem tratados com liberdade e respeito e também defendem uma sociedade não só para os idosos mais para todas as idades.

Entre 14h30 e 15h45, ocorreram os debates nas salas temáticas, dividas pelos seguintes temas: Espaços Abertos: Sociabilidade, Acessibilidade e Ambiência; Transportes: Ônibus e táxi: a adaptação dos equipamentos e a relação do condutor/usuário; Apoio Comunitário: Urgência para formação da rede de cuidado; Participação Social : Lazer, ócio, esporte e cultura; Comunicação e informação: Ampliação dos canais de divulgação dos serviços e equipamentos da rede de cuidados.

Dentre os presentes, havia um coordenador e um relator, indicados pelo próprio grupo, que orientaram e organizaram os debates com intuito de viabilizar a discussão sobre as propostas oferecidas e orientar no processo de elaboração das três ideias escolhidas, que foram na etapa levados seguinte à votação simples dos 21 delegados.

Às 16h10, foi reiniciada a etapa final dos trabalhos no auditório da Universidade São Judas. Cada delegado apresentou as propostas que foram definidas por cada sala. A Delegada Márcia Sakurata, responsável pelo tema “Participação Social”, apresentou as seguintes propostas para votação: Playground para idosos com instalação de aparelhos de ginástica, acompanhados de orientadores profissionais nas UBS’s, praças e CDM’s; Chá Cultural com a elaboração de cursos, vídeos, jogos, competições e palestras dentro dos CDM’s; Circuito Cultural com a viabilização de visitas à museus, cinemas, teatros, passeios à outros bairros com a orientação de guias e monitores.

O grupo que teve como tema central Transporte, representado pela Delegada Neusa Formigoni, apresentou as seguintes propostas: Disponibilização de ônibus para passeios a parques, jardins, museus, teatros, entre outros, com implantação de parcerias públicas-privadas; Treinamento de motoristas e cobradores, com cursos para melhor atendimento aos idosos, onde seriam abordados temas como: parada nos pontos perto das guias, tratamento, exigência do cumprimento da ocupação dos bancos reservados aos idosos; Melhoria na acessibilidade aos transportes públicos, melhoria da sinalização e divulgação da existência do vagão do idoso no Metrô.

Já o grupo de discussão sobre Espaços Abertos, norteado pelo Delegado Roberto Carvalho, abordou as seguintes propostas: Melhoria da manutenção das praças e CDM’s com a limpeza e manutenção dos equipamentos e com a presença de zeladores e segurança constante; Melhoria na iluminação das praças, teatros, igrejas e pontos de ônibus; Melhor fiscalização da Prefeitura para a retirada dos ambulantes, proibição de bicicletas e reparos dos desníveis nas calçadas.

O delegado Wagner Wilson, representante do grupo sobre Comunicação, propôs o seguinte: Implantação de uma campanha nacional para aquisição de aparelhos auditivos via UBS’s; Melhoria da comunicação entre os subdistritos com a formação de grupos de médicos aposentados voluntários; Postos policias nas praças centrais com jornais, mapas das ruas, guia do comércio local e relação dos ônibus com o itinerário.

Para terminar a apresentação das propostas, a delegada Terezinha Aparecida Saldanha Faria, do grupo sobre Rede de Apoio: Fortalecimento dos locais já existentes de atendimento aos idosos e aumento no número de funcionários na Unidade Marina Crespi, com especialistas na área Geriátrica; Implantação da Unidade de Atendimento domiciliar para acamados, com a criação de estrutura em todos as unidades de saúde; Ampliação do Programa de Acompanhamento dos Idosos.

Todas as propostas, sem exceção, foram aceitas pela votação dos delegados e serão encaminhadas aos órgãos responsáveis por cada tema, que irão avaliar a viabilidade para sua implantação.

Parienses famosos

Foto do S. Paulo F. C. no ano de 1958 no Maracanã. Nela, na fileira em pé , o primeiro do lado

direito é o mordomo do clube o sr. Serrone. 

Serrone morava na rua Juruá e sua residência era um local onde alguns jogadores que se en-

contravam longe de seus lares , encontravam um lar, onde recebiam do casal Serrone um tra-

tamento de pais para filhos . O cargo de mordomo que em outros clubes seria o de roupeiro, no

S. Paulo F. C.  na pessoa do Serrone e de sua esposa , era mais o de conselheiro, amigo ou verda-

deiros pais, principalmente nos anos em que o estádio tricolor era no Canindé.

Ao Serrone , nossa eterna lembrança.

PARI E SUAS HISTÓRIAS – PARTE LXXVIII

Mais uma história do Pari e mais uma história do Livro do Laudo Paroni, ” Parimemória”.

Hoje o Laudo José Paroni nos conta sobre um repórter policial e redator -chefe do jornal

” Notícias Populares” Ramão Gomes Portão. Já falei anteriormente sobre ele , atribuindo-lhe a autoria do termo República do Pary. Na verdade o autor foi o Laudo, mas o Ramão foi o grande divulgador.

Tive o prazer de conhecer o Ramão. Era uma figura humana incrível, jornalista e escritor,  de uma inteligência incomum.

O pessoal do Dragão Paulista ( veteranos ) a que se refere o Ramão na crônica é o da foto acima.

Essa foto , inclusive é do dia desse jogo contado pelo Ramão.

O citado Duca está na fileira em pé e é o segundo da direita para a esquerda, seu nome era ou é, pois

eu acho que os nomes são imortais o que morre é a carne, como dizia, seu nome Armando Monteiro.

O outro citado é o meu grande ídolo, exemplo de fibra e abnegação, desculpe a falta de modéstia,

meu pai, o Jayme, que na foto está na fileira em pé, o quarto da direita para a esquerda.

Em postagem anterior quando mostrei essa foto , citei o nome de quase todos os atletas dragonianos.

Mais uma explicação, o dentista dito na crônica era o Dr. Vautier, dentista francês que era dono de uma vasta extensão territoral e  que cedeu aos frades franciscanos a área para a construção da nossa bela Igreja da foto.

O prédio onde está a tradicional Padaria Luso Balneária ainda hoje é de propriedade da família Vautier Franco e o nome do prédio , como podemos ver na placa situada na entrada do citado edifício nos mostra as iniciais maiúsculas  EV, ou seja Edifício Vautier.

Agora vamos a mais um trecho do livro do Laudo:

REPÚBLICA DO PARI

 

 

           Em 1969, o jornalista, escritor e poeta Ramão Gomes Portão publicava em sua coluna “Flagrantes”, do jornal Notícias Populares, duas belíssimas crônicas referentes ao Pari.  A primeira delas, sob o título “República do Pari”, é de 8 de agosto de 1969. Ei-la:                

                                            

       

   

         “Muita coisa  vai ser revivida amanhã, no campo do Estrela do Pari. Homens e fatos. Duas equipes de veteranos se encontrarão com  a finalidade de se divertirem e de matar saudades, no que fazem muito bem. Jogadores do Sereno vão bater bola com os craques do Dragão Paulista – e este time, por si só, já é um mundo de recordações agradáveis.

          É bom que eu me explique logo: repentinamente, eu me vi apaixonado pelo bairro do Pari. A República do Pari, como eu gosto de falar, imitando o Laudo Paroni. Interessou-me um fato, uma pessoa, um episódio, uma lenda – fui por aí afora descobrindo o bairro todo como um mundo de tradição e, infelizmente, sem o cuidado necessário para guardar essa relíquia. É preciso que um Duca venha nos contar, com paciência, como eram as histórias do Mato do Dentista*, ao lado da Igreja de Santo Antônio – a molecada roubando frutas e participando de brigas homéricas.

        Falei no Duca  e vou continuar nele. Quem vê aquele crioulo que já passou de meio século, encontra na sua pessoa duas coisas: a simplicidade e o devotamento pelo seu pedaço de São Paulo. E ninguém o tirará dele. Lá estão as raízes da sua personalidade. Cada esquina é uma história. Cada personagem, uma rememoração sadia. Foi o próprio Duca quem me contou – e lá está o Jaime, que não me deixa mentir  – a história do enterro de um corcunda. Não importa o nome agora. Um dia ainda chegarei aos detalhes.

       A ordem era o banho no defunto. E um amigo se vangloriava do serviço:

        – E o finado ficou limpinho que dava gosto…

       Mas, finda a operação banho, veio o impasse. O corcunda não cabia no caixão. Todos se entreolharam e pensaram a mesma coisa, ao mesmo tempo. Ele teria de voltar ao normal na marra. Parece que o Duca  ficou firmando o ombro do cidadão. Ou firmou os pés? Sei lá. Lá estava a cena armada. Houve quem se persignasse, aquela paradinha para uma oração – e plat ! O corpo voltou ao normal. Aliás, o enterro foi concorridíssimo.

       Mas deixa isso pra lá. Por enquanto, é o jogo de veteranos. Muitos estarão presentes só para  ver amigos. Relembrar episódios. E ver que a vida tem isso de ruim: passa muito depressa…”

                                           

   

 Nota – O Mato do Dentista ficava onde está o prédio da  Padaria Balneária, na esquina da Rio Bonito com a Hahnemann.

 

 

Lembranças do Camillo

É  pessoal, isso me fez lembrar,meus tempos de infância quando fui morar na R.Aparecida, 98 onde existe a casa até hoje, só que o pessoal do meu tempo,acredito não morarem mais, tempos lá pelos idos de 1951.em que eu me levantava cedo,ainda com aquela garoa e neblina, e ia buscar leite tirado na hora da vacaria do sr.Claudio,que ficava atrás da Capelinha N.S.Aparecida,tempos em  que a rua não era asfaltada e lá no fim da rua não existia a Av.Bom Jardim e sim o nosso campinho de futebol, onde nos jogávamos contra, e posteriormente virou o campo do Flor do Pari, em frente esse campinho existia a fundição do seu Julio, onde iamos apanhar restos de ferro para vender no ferro velho da Carlos de Campos,perto da padaria Loanda,para ter um dinheiro extra pra comprar balas futebol,na banca do Ari perto da Balneária quando a gente estava a caminho da nossa escola o Orestes Guimarães e sempre havia troca com o Ari para podermos completar o album,coisa que eu nunca consegui,mas
valia a pena porque na época com as figurinhas repetidas, jogávamos a bafo.Mais pra frente darei a sequencia dessa narrativa das minhas memórias de infância,até mais pessoal um abraço do Camilo.

 

O Camillo Cerrato , amigo de muitos anos, conta suas lembranças de infância.

Crianças do Pari visitam CT do Corinthians

Timão Social

Projeto “Time do Povo” leva crianças do Pari ao CT Joaquim Grava

Agência Corinthians
07/07/11 11h51

Divulgação

Nesta sexta-feira (08), aproximadamente 30 crianças da UNIBES – União Brasileira Israelita do Bem Estar Social (www.unibes.org.br) terão a oportunidade de conhecer os jogadores do Sport Club Corinthians Paulista no CT Joaquim Grava.

A instituição, que fica no bairro do Pari, foi fundada em 1976 a partir da fusão de Ezra, Policlínica e Ofidas. De cada uma delas, a UNIBES herdou experiência e métodos de trabalho social dentro e fora da comunidade judaica.

No dia da visita, o grupo poderá conhecer um pouco mais da história do Corinthians, fazendo um passeio pelo Memorial e pela Sede Social, que fica no Parque São Jorge. Após um almoço, que será realizado no restaurante do clube, a comunidade irá ao CT Joaquim Grava, onde conhecerá a estrutura do local, os jogadores e assistirá ao treino, que acontece às 15h30.

Toda a visita poderá ser acompanhada pelo Twitter do projeto (@timedopovosccp) e, posteriormente, pela TV Corinthians.

O projeto “Time do Povo” tem o apoio da Rede Poderoso Timão, da BB Editora e das empresas de alimentos Pop Ice e Broto Legal.

Informações sobre como ajudar ou patrocinar o projeto podem ser obtidas com o envio de e-mail paraprojetosocial@sccorinthians.com.br ou pelo telefone 2095-3000, ramal 3083.

Hans, muita luz para você

Hoje, dia 12 de Julho, recebi pela manhã, a notícia do falecimento do Hans.

Seu nome , Hans Peter Braun, desculpem se escrevi errado, mas ele era mais conhecido como Hans, Pedrão ou Suiço.

Sofreu um forte derrame , ficou acamado vários dias e veio falecer no bairro que ele adotou

como sua casa há mais de trinta anos.

Suiço foi proprietário de um bar em frente ao Pif-Paf, durante décadas, encerrou as atividades e

com a sua esposa Da. Lourdes, era proprietário da Banca que anos a fio foi do Alfredo jornaleiro.

Homem inteligente, trabalhador deixa vários amigos no bairro.

À sua senhora e a sua filha , nossos sentimentos. O velório está sendo na Vila Formosa e amanhã o corpo será sepultado no Cemitério daquele bairro da Zona Leste,às 8.30 hs.

Que Deus o ilumine e o acolha em sua morada , caro Suiço.

Trânsito intenso afeta qualidade do ar no Pari

http://g1.globo.com/sao-paulo/respirar/noticia/2011/07/respirometro-mede-poluicao-do-ar-em-bairro-da-zona-leste-de-sp.html

Qualidade do ar é considerada péssima no Pari na quinta-feira

Respirômetro percorreu ruas do bairro de SP nesta manhã de quinta última.
Ônibus híbrido pode ajudar a diminuir a emissão de poluentes.

Do G1 SP

O Respirômetro comprovou ao avaliar o nível de poluição no bairro do Pari, em São Paulo, na manhã da quinta-feira (7). O aparelho registrou 181 microgramas por metro cúbico de partícula, índice considerado péssimo. Em todas as estações da Cetesb, o ar era considerado bom.

Para melhorar a qualidade do ar, uma das alternativas é investir em transportes alternativos como o ônibus híbrido, que está em testes em São Paulo, em um trecho da Vila Leopoldina até Pinheiros, na Zona Oeste. Um dos motores é movido a diesel e o outro, elétrico.

O fabricante diz que com esse sistema a emissão de poluentes diminui até 90% se comparada aos ônibus comuns. Durante todo o percurso, o Respirômetro avaliou o ar dentro do ônibus. A medição de partículas ficou abaixo de 50 microgramas por metro cúbico, índice considerado bom.

Claro que isso se deve ao trânsito infernal dentro do bairro, considerado alternativa ao tráfego da Marginal que no sentido Castelo Branco Airton Senna, também se situa no Pari.

 

 

 

 

 

 

 

Parienses famosos

Prosseguindo com a série ” Parienses famosos ” hoje vamos falar de um craque no futebol brasileiro e até internacional e craque na sua profissão atual de empresário de atletas.

Filho de um becão do Bandeirantes do Pari, o firme Pestana, desde menino Marcelo se revelou

um firme zagueiro, que nas peladas da rua Siqueira Afonso, onde morava, logo foi para o E. C. Vigor e outros times da região. Dali logo visto por olheiros, foi ao Corinthians onde após passar por rígidos testes, teve uma carreira sensacional desde a sua infância.

No Corinthians conseguiu vários títulos, sendo os mais importantes os de Paulista /88, Campeão do Centenário da Abolição da Escravatura e o de Brasileiro /90, o primeiro da História do Corinthians. Na decisão do Paulista de 88, na prorrogação o empate era do Guarani, Evair no meio de campo tentou dar um chapéu no Marcelo, este pulou estufou o peito, tomou a bola, deu um esplêndido passe para Wilson Mano, que finalizou , no caminho, Viola, esticou as pernas, desviou a trajetória da bola , que matou o goleiro bugrino e fez o gol do título do Corinthians.

Marcelo Kiremitdjian mais conhecido como Marcelo Djian ou simpesmenteMarcelo (São Paulo6 de novembro de 1966) é um ex-zagueiro do futebol brasileiro[1].

 

Iniciou nas categorias de base do Corinthians, onde foi campeão paulista e brasileiro (o primeiro do clube, em 1990). Em 1993, foi transferido ao Lyon, da França, sendo um dos primeiros brasileiros a atuar neste clube. Retornou ao Brasil em 1997, como jogador do Cruzeiro. Ali, para evitar confusão com o colega Marcelo Ramos, adicionou o “Djian”, abreviação de seu sobrenome armênio, ao seu nome futebolístico.

 

Foi vice-campeão brasileiro em 1998 pela Raposa, curiosamente, contra o Corinthians, recebendo naquele ano sua segunda Bola de Prata (a primeira ele obteve em 1990, como jogador do Timão). Posteriormente faturaria um estadual e a Copa do Brasil de 2000. Em 2001, trocou o clube azul pelo rival Atlético Mineiro, sem o mesmo sucesso. Aposentou-se no Galo em 2003, posteriormente tornando-se representante de sua ex-equipe do Lyon no Brasil.

Salve 9 de Julho !

Em 1932, o povo paulista se ergueu em armas contra a ditadura Vargas. Milhares de paulistas se levantaram contra um governo que a cada ato cerceava os direitos básicos do cidadão.O Pari como um bairro tradicional da São Paulo de Piratininga,não ficou alheio a essa revolução. Segundo relatos ouvidos por mim de parentes ,amigos e vizinhos,vários parienses participaram do 9 de Julho. Eu conheci um herói de 32 pessoalmente ,trata-se do sr. Arthur Pierotti,que infelizmente já não está mais entre nós. Membro de uma tradicional família de nosso bairro,sr. Pierotti um homem muito bem articulado e de uma memória invejável,nos contava os acontecimentos que culminaram com o grande movimento democrático do MMDC. No Pari houve uma indústria que durante décadas trouxe progresso a toda a região, foi a Carrocerias Pilon,cujos proprietários eram de uma família de gente muito séria e honesta. Pois bem a Pilon,fabricou para as tropas democráticas o famoso trem blindado,para a época um equipamento de última geração. Enfim,neste blog,rendemos nossas homenagens a todos os heróis de 1932,em particular aos heróis parienses,com um trecho do grande poeta paulistano Guilherme de Almeida:Bandeira de minha terra,Bandeira das treze listras,são treze lanças de guerra,cercando o solo paulista!

Hoje, NOVE DE JULHO de 2011, repetimos o texto acima, publicado em 7 de dezembro de 2009. Brasileiro sou com muito orgulho, pois o meu lema é “Na luta para um Brasil melhor”,

porém , como disse o poeta “PAULISTA SOU, POR MERCÊ DE DEUS !!!”.

E para arrematar, sem falsa modéstia, nasci no Brás, com dois dias de idade fui para o Pari ,

onde estou diariamente, portanto sou PAULISTANO da terra  da garoa , pela graça de Deus !!

HISTÓRIAS DO PARI – PARTE LXXVIII

Mais uma vez estou aqui para narrar uma das muitas histórias do Pari.

Continuamos mostrando o livro do Laudo Paroni “Pari memórias “.

Hoje o Laudo os fala dos finais de semana no Pari, nos anos 50 e 60.

Praticamente não se precisava sair do bairro para nada, tínhamos futebol,

cinemas, bailinhos, “footing “no Larguinho.

Bate-papo, muito bate-papo, pebolim.

Diversões para todos os gostos.

Bem, vamos a mais um capítulo do livro do Laudo aroni:

SÁBADOS E DOMINGOS, UMA FESTA

 

          O pessoal dava duro a semana toda, principalmente em um bairro como o Pari, onde predominavam gente da classe média e operários. Mas, quando chegava o fim de semana, a rotina mudava completamente. O sábado, por exemplo, começava com  as compras na feira, até hoje instalada no mesmo local – Praça Eduardo Rudge ( o popular Largo da Feira )  e Rua Mendes Gonçalves, até a esquina com a Rua Silva Telles. O movimento, assombroso logo às primeiras horas, engrossava bastante entre  11h30 e 12h30, quando os preços das verduras, frutas e legumes costumavam cair. O local, tomado pela multidão,  ficava intransitável. Logo no início da feira, na praça, ficavam as  barracas de flores; em seguida vinham as de  frios, azeitonas, azeites  e laticínios; depois as de peixe, carnes, legumes, verduras, frutas nacionais e importadas, cereais, roupas, produtos de limpeza  e utilidades domésticas – entre elas vassouras, rodos, esfregões de assoalhos, esponjas de aço para arear as panelas e outras tantas. O arroz, acondicionado em sacas de 60 quilos, era pesado na hora, à vista do comprador. O de melhor qualidade – e também o mais caro – era o amarelão extra; em segundo, o amarelão. O mais popular  e barato era o cateto. Entre os feijões, havia o roxinho, o mulatinho, o preto e o jalo.

        Os feirantes, em sua  maioria de origem  italiana e portuguesa, conheciam a clientela, estabelecendo com ela uma relação de confiança e amizade. Havia também os japoneses, uns com  barraca de pastel, outros com as de verdura. Um senhor de cabelos e grosso bigode grisalhos, percorria a feira de ponta a ponta oferecendo a focaccia feita em casa, conservada quente dentro de uma espécie de tambor de metal. O isopor ainda não existia.Quase todos os feirantes tinham os seus pregões, que usavam para chamar a atenção: “Moça bonita aqui não paga… mas também não leva!”; ou “coisa boa a gente vê de longe!”, de duplo sentido, referindo-se ao mesmo tempo à mercadoria que vendiam e às mulheres bonitas que passavam. “Fresco aqui só o peixe… Aproveita, dona!”. Para ganhar algum dinheiro e garantir a matinê de domingo à tarde no Savoy, Rialto, Haiti, Oberdan, Glória, Brás Politeama, Roxy e Universo, os cinemas mais concorridos da época, a garotada postava-se na ponta das feiras, oferecendo serviços de carreto. E, de centavo em centavo, ajuntavam o dinheiro do ingresso. A matinê de domingo, com os seriados do Zorro, Super-Homem, Fantasma, Flash Gordon e os filmes  de faroeste estava garantida. A feira, barulhenta, misturava o vozerio de  vários sotaques aos pregões dos feirantes. Sem sofrer a concorrência dos supermercados, que só surgiriam anos depois, os feirantes eram mais alegres e brincalhões, transformando a feira em um  show, que se renovava todos os sábados.

          Depois da feira,  chegava a sacrossanta hora do aperitivo, que lotava bares, botecos e vendinhas. Todos matavam o bicho, como se dizia na época , enquanto a mulher preparava o almoço. Era o momento de colocar o papo em dia, de combinar os programas para o domingo,  com  a família, a namorada ou os amigos. Depois das 3 da tarde, era a vez da vaidade: os homens iam cortar cabelo e fazer a barba ( no capricho, com direito a toalhinha quente e muita espuma ). No salão do Ângelo Tessari, os mais abastados tinham a sua Acqua Velva – loção pós-barba – personalizada. Cada frasco estampava o nome do seu usuário, feito em carimbo “inventado” pelo Toninho Mosquito. Um luxo! Os cabelos também mereciam um atenção especial. Para assentar os fios mais rebeldes, usava-se Gumex, pai do laquê e avô do gel. Era um pozinho que se misturava à água e, quando secava, fixava  como cola. A propaganda  do produto, via rádio, era conhecida de todos: Dura lex, sed lex; no seu cabelo, só Gumex. A locução latina – “ a lei é dura, mas é lei” – foi usada apenas para rimar com o nome do produto. Coisas da propaganda… Glostora, Óleo de Lavanda Bourbon e as brilhantinas Royal Briar, Gessy e Atkinsons assentavam e davam brilho às cabeleiras. Royal Briar, o perfume que deixa saudade! garantia  o comercial do produto. Para combater a caspa havia o Quina Petróleo Sandar. Juventude Alexandre, Loção Pindorama e Loção Brilhante  escondiam os fios brancos, prometendo “ devolver aos seus cabelos a cor natural…”

          As barbearias lotavam aos sábados e  os retardatários imploravam para serem atendidos. Com  isso, o trabalho, muitas vezes, estendia-se além das 20 horas, mas não afetava o humor do Ângelo, Paulino, Valdomiro, Júlio, Pixoxó, Nivaldo, Zezinho, Mineiro, Valdir, Isaías e outros cirurgiões capilares que, em diferentes épocas, cuidaram com carinho das cabeças do bairro.

          As  mulheres também não deixavam por menos e passavam boa parte da tarde do sábado nos salões de beleza da Mariazinha, Suzette, Célia, Hermínia, Meme e do badalado Henrique, na Avenida Vautier, considerado o mais chique do pedaço, além de outros. No início dos anos 50, surgiu o Mulsified, o primeiro xampu perfumado, respaldado por intensa propaganda, cujo jingle as rádios não paravam de tocar: Mulsified xampu perfumado/ deixa os cabelos sedosos/ pra melhor  penteado/ Mulsified xampu perfumado!”  Geralmente, porém, os cabelos eram lavados com sabonete –  Lux e Palmolive  eram os mais usados. Além de colocar as fofocas em dia, as  mulheres deixavam os salões completamente renovadas e cheias de glamour, por conta da maquiagem à base de de pó-de-arroz, rouge ou  pancake no rosto, rímel nos cílios e sombra nos olhos – para alegria dos homens.

          O programa de sábado à noite era variado e incluía  cinema, baile, festinhas de aniversário e de casamento, quermesses e o footing  sempre concorrido da Avenida Celso Garcia e do Larguinho Santo Antônio. Depois da paquera, dependendo da hora, dava-se uma passada pelo bar para bater papo e comer bauru, churrasco, misto quente ou americano. Muitas famílias aproveitavam o sábado para saborear, em casa,  as pizzas assadas no forno de  lenha, que mandavam buscar no Mário Lamana, na Padaria Brasil ( dos irmãos Vicente, Mingo e Ângelo Tempone), na Balneária,  na Flor de Liz e no Gato Preto. Ou, então, iam ao Restaurante Santos, ao Jardim Toscano, ao São Paulo Moderno, ao La Bambolina ( na Rua João Teodoro, encostado ao Cine Rialto) , ao Restaurante Rialto ou ao Bar Azul. Opções não faltavam, principalmente para as famílias mais abastadas. Domingo era um dia recheado de programas, em que o macarrão da mamma, com molho de tomate feito em casa, cozido e esmagado na peneira –  um orgulho para os descendentes de italianos – tinha presença assegurada. Os demais itens da programação dominical incluíam desde pescarias ( na represa Billings ou, então, na lagoa do Canindé, ali mesmo, no bairro) , torneio de baralho e dominó,  jogos de futebol ( profissional e varzeano ) até cinemas e teatro. No Colombo, que ficava no Largo da Concórdia e foi destruído por um incêndio em 1966, o comediante Nino Nello apresentou durante muitos anos o seu espetáculo, com sessões sempre concorridas. Quem  tinha televisão – e eram poucos – via o Circo do Arrelia pela TV Record, antes do futebol, com jogos transmitidos ao vivo do Pacaembu sempre lotado. Quem não tinha TV, dava um jeito de ser convidado para ver o jogo. Eram os  televizinhos. Mediante o consumo de uma cerveja, alguns bares permitiam que os fregueses vissem o jogo. Era  o caso do Gato Preto, do Jorge Português ( Rio Bonito com Conselheiro Dantas ) e do Bar da Televisão, na Paganini com Itaqui.                    

 

 

 

 

              Para os mais jovens , vemos na foto , um sonho de consumo de muita gente nos anos 50,

uma rádio vitrola . Na parte inferior do móvel, lugar para guardar os discos.

 

           

 

Mais uma medalha do nosso campeão

O Murilo Santos Fulan, neto do grande corredor Murilo de Araujo nos mostra um belo acervo das medalhas do nosso Campeão  e a família também merece elogios pelo excelente estado de  conservação, apesar dos cerca de 80 anos de existência das mesmas.

 

Por falar em vitórias , mais uma vitória do nosso blog, no mês de junho, batemos um recorde de visualizações,   6 0 8 7, parabéns a todos

nós do nosso querido blog, historiasdopari.wordpress.com

Medalha histórica de um pariense Campeão !

Em 1930 a Corrida de São Silvestre foi ganha por um pariense, Murilo de Araujo.

Murilo venceu inúmeras provas, competiu no exterior onde fez parte de fortes equipes brasileiras de Atletismo, sempre com grande destaque. Ainda criança, eu tive a honra de conhece-lo na venda do meu pai. Como já afirmei numa postagem anterior, fiquei maravilhado com as histórias que ele contava, porém com a simplicidade dos vitoriosos.

Meu pai contava sobre as   façanhas do grande  corredor pariense.

Fui contatado por um seu neto o Murilo Santos Fulan, onde ele escreveu sobre seu avô querido.

Hoje recebi uma mensagem eletrônica do Murilo neto e ele nos manda algumas das medalhas

conquistadas pelo seu avô.

Como uma jóia, vamos aprecia-las , porisso vou postar uma de cada vez, creio que assim valorizarei ainda mais , se é que seja possível dada a dimensão das conquistas.

A primeira que vamos mostrar é a que segue , a de Campeão de Inverno de 1931, conquistada no dia 26 de Janeiro, uma prova disputadíssima na época .

Curtamos esse autêntico troféu , pois creio ser uma forma de homenagear esse nosso Campeão e uma forma de agradecer o tão atencioso neto.

5 de Julho , Aniversário da Revolução de 1924

Ninguem que está lendo este blog havia nascido,é claro.A minha mãe ,por exemplo,que hoje conta com 87 anos,era recem nascida. Mas, no dia 5 de julho, em 1924 houve uma revolução aqui em São Paulo,capital,que queria depor o governo da república.As reuniões para depor o presidente e que inspiraram a revolução ,se realizaram na av.Vautier,numa das casas defronte ao teatro Colombinho,mais tarde o cine Rialto.O bairro do Pari,assim como o Brás,Cambuci,Liberdade foram dos mais atingidos pelos bombardeios das tropas federais que vindo do Rio ,dias depois, da Estação Guaiauna(Penha)disparavam contra a cidade.                                                                                                 O governador do estado , na época o sr.Carlos de Campos, ironicamente mais tarde, nome de avenida no bairro,deposto pela revolução, insistia pelos bombardeios que atingia indiscriminadamente alvos militares, como alvos civis, religiosos ,industriais, etc.Após semanas de revolução e com a destruição e fome atingindo a população, os revoltosos fizeram uma retirada estratégica da cidade , o que deu origem na sequencia,  na famosa Coluna Prestes, que marchou por milhares de quilometros por todo o Brasil, durante anos.                                                                        Milhares de pessoas fugiram da cidade ,a família da minha mãe, por exemplo fugiu para Itu, onde temos parentes.A do meu pai, fugiu para a região de Guarulhos, onde não havia sinais de revolta.                                                                                                                                                                                                              A do meu sogro, fugiu para Araraquara, onde tem parentes.Quem tinha para onde fugir e tinha condições fugia, quem não tinha sofria muito com as agruras do bombardeio incessante.Até hoje vemos marcas de bala na chaminé da rua João Teodoro,no quartel da PM, antiga Força Pública, local de onde sairam vários heróis naquele movimento.                                                                                                 O líder dessa revolução foi um general de nome Isidoro Dias Lopes e a maioria das crianças que nasceram nessa época e tinham o nome de Isidoro foi em homenagem a essa pessoa.O Moacir do cartório do Pari,  pode nos comprovar, só que eu não sei se na época já existia o Pari como subdistrito.Ouvindo relatos verbais de pessoas que viveram esse período, como meus avós e tios avós e mais tarde conferindo nos livros, posso relatar que momentos de pavor entre a população de nosso bairro, principalmente nas ruas que estavam na linha dos disparos, como a Casimiro, Paraíba, João Teodoro, Barão, Larguinho, Júlio Ribeiro(na época chamada de rua Mista),Eliza ,Henrique Dias , etc.                                                                                                                                                                    Muitas pessoas morreram nessa revolução, envolvidas pelo movimento ou não.A elas nossas homenagens, pois o solo sagrado do Pari foi regado a sangue, numa época em que a democracia não existia na prática e que as eleições eram extremamente burladas e eram um verdadeiro jogo de cartas marcadas.

Transcrição de uma nossa postagem de dezembro de 2009.

Parienses famosos

Hoje no quadro ” Parienses famosos”  lembramos de um pariense/canindeense de quatro costados.

Trata-se do grande zagueiro do S. Paulo F. C. e de outros clubes , mas principalmente do Tricolor,

Roberto DIAS Branco, o grande Dias, que tambem jogou na Seleção Brasileira.

Bebé , como era mais conhecido no bairro, era filho de um jogador do Estrela do Pari, o Oswaldinho, que foi um dos atletas que por mais anos envergou a jaqueta do Tigre do Canindé.

Dias, teve uma carreira curta, haja vista que sofreu um infarto com apenas trinta anos e depois

disso continuou a jogar, porém nunca mais foi o mesmo.

Faleceu em 2007, com 64 anos , mas está sempre na lembrança dos sampaulinos, principalmente

os do bairro, que com ele conviveram. Pessoa simples, bom de papo , quem não o conhecesse não

imaginava o grande craque que foi.

PARI E SUAS HISTÓRIAS – PARTE LXXVII

OS ANJOS DO PEDAÇO

 

            Além da proteção de seu padroeiro-mor, Santo Antônio e de Santa Rita, São Pedro e Nossa Senhora Aparecida, o Pari tinha os seus anjos  sem asas, humanos. Pessoas bondosas, que marcaram a passagem pela Vida  por atos de caridade, de a-mizade, de solidariedade. Entre os anjos médicos, merecem ser lembrados o  Dr. Leingruber, o Dr. Catalino, o Dr. Zoppi e o Dr. Bismarck. Não eram só médicos, mas amigos e conselheiros dos pacientes e familiares. Com o mesmo desvelo com que cuidavam da saúde, procuravam harmonizar as relações entre pais e filhos, mulher e marido e assim por diante. Para eles, a Medicina, realmente, era um sacerdócio. Às vezes,  paciente não tinha o dinheiro da consulta, mas nem por isso deixava de ser atendido.

 

 

         Diferentemente de hoje, os médicos, naquela época, sabiam ler com as mãos. Não dispunham – e nem precisavam – de tantas radiografias para diagnosticar fraturas, luxações ou contusões. Ouvido no estetoscópio, sabiam se um paciente estava ou não com pneumonia. Pelos sintomas, receitavam o remédio adequado e recomendavam  dietas e repouso, conforme os casos. E  os índices de cura atingiam níveis altíssimos. Havia, também, os anjos farmacêuticos, que estavam sempre de plantão: Seu Natale, Aléssio, Bira, Cristóvão, Dona Conceição,  Malatesta, Jesus, Antônio Medina, Japonês, Moacir, Honório e Ortiz,  entre outros. Eles não eram simples vendedores de remédio. Conheciam as fórmulas de cada medicamento, os efeitos colaterais, a dosagem certa. Faziam curativos e lavagem dos ouvidos, aplicavam injeções, mediam a pressão arterial, orientavam e aconselhavam. Entre os massagistas, dois excelentes profissionais –  Davson, do Corinthians e o Barbosa – além do Jaime, que curou muito tornozelo torcido e muito dedão quabrado.

 

 Mais uma história do livro Pari memórias do Laudo Paroni, agora falando dos anjos da guarda do pedaço, modéstia bem à parte, o Jaime que ele cita é o meu falecido pai, era  massagista nas horas vagas, pois no seu armazem, nas segundas feiras, vários jogadores da várzea, vinham para curar as contusões do dia anterior.

Era divertido, meu pai chegou a fazer um bico de massagista do Estrela do Pari F. C..