MOACyR BRAGA

Eu comprei uma ilusão

por Jorge Mello em 31 de março de 2008
Publicado em Cancioneiro de Garoto

Parceria única de Garoto com Moacir Braga, o samba canção “Eu comprei uma ilusão” fez par com a valsa “Ainda te lembras de mim?” no disco Odeon 12053, gravado pelo cantor Valdemar Reis.

O texto a seguir integra a série O cancioneiro de Garoto e possui a autoria de Jorge Mello e revisão e diagramação de Zé Carlos Cipriano .

Garoto (à direita) no Rio de Janeiro - acervo Jorge MelloParceria única de Aníbal Augusto Sardinha, o Garoto, com Moacir Braga, o samba canção Eu comprei uma ilusão fez par com a valsa Ainda te lembras de mim? no disco Odeon 12053, gravado em 30/09/1940 pelo cantor Valdemar Reis, tendo a acompanhá-lo o próprio Garoto (violão tenor) e seu Conjunto. Nesta gravação percebe-se, sobretudo, a riqueza do acompanhamento feito pelo instrumento do compositor.

Parece provável que Garoto e Moacir Braga tenham se conhecido através do acordeonista Arnaldo Meireles. Este gravou um disco em 1936 pela Columbia contando com o acompanhamento da dupla Garoto & Aimoré nas valsas A Vida é um Sonho e Rei da Banha(título estranho para uma valsa…), sendo a primeira de Arnaldo e a segunda de Moacir Braga. A colaboração entre esses dois foi intensa em termos de parcerias e interpretações.

Por outro lado, Garoto e Arnaldo eram amigos de infância na Vila Economisadora, bairro operário da cidade de S. Paulo onde Garoto crescera. Arnaldo começou no violino por 3 anos, passando depois ao violão e finalmente ao acordeon, instrumento com o qual se firmou no cenário musical. Com o acordeon gravou duas músicas de Garoto em 03/06/1938, pela RCA Victor (disco 34 441): Suspirando, valsa, e Saudades daqueles Tempos, mazurka.

Ainda em sua fase violonística, Arnaldo formou o “Conjunto Regional do Pory”, de acordo com entrevista concedida à Gazeta de S. Paulo em 12/06/1931:

“(…) este grupo era composto por Arnaldo Meireles, vilão e cavaquinho, Mario Fernandes, violino, Aurora Fernandes, piano, Garoto, banjo, e Waldemar Beferi, bateria. Porém, mudando de residência, ficou o grupo dissolvido.”

Agora veja a letra de Moacir Braga para a música Eu comprei uma ilusão:

Eu comprei uma ilusão
no fulgor do teu olhar.
Num sorriso de tua boca
tive a inspiração bem louca
de um amor edificar.

E a ilusão que me vendeste
hoje é realidade,
pois encontro neste amor
o sonho confortador
da nossa felicidade.

Felicidade
é a ilusão que num segundo
faz do amor
o maior sonho do mundo.

Felicidade
é tristeza, é alegria,
pois até na própria dor
há encanto, há poesia.

Hoje falamos de Moacyr Braga, um grande pariense que tive o prazer de conhecer pessoalmente.

Uma pessoa extraordinária, um músico esplêndido e já em idade bem avançada

Campeoníssimo de Natação pelo C. R. Tietê , nas categorias Seniores , ganhando competições a nível internacional .

Grande estudioso de música, nascido na Barão de Ladário e morou muitos anos na Thiers.

Acima falam de sua parceria com o famoso Aníbal Augusto Sardinha, mais conhecido como Garoto, que era da Vila Economizadora , um pequenino e muito antigo bairro , pertencente à Luz, separado do Pari , apenas pelo rio Tamanduateí.

Ao pariense famoso de hoje, Moacyr Braga, as sinceras homenagens do nosso blog.

CARLOS DE CAMPOS

CARLOS DE CAMPOS (RUA)
Estadista, jornalista e musicista, Carlos de Campos nasceu na cidade de Campinas a 6 de agosto de 1866. Fez os primeiros estudos em Amparo, cursando em seguida o Colégio Internacional de Campinas. Em São Paulo, cursou o Colégio Norton e ingressou na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, por onde se diplomou em 1887. Desde o tempo acadêmico foi, como seu pai Bernardino de Campos, ardoroso republicano, propagandista da libertação dos escravos e defensor da democracia. Advogou em Amparo ao lado de seu pai e mais tarde retornou a São Paulo. Eleito deputado estadual, exerceu o mandato até 1896 quando foi convidado pelo presidente Campos Salles para titular da Secretaria da Justiça. Novamente deputado em 1901, seis anos depois foi eleito deputado federal e líder da bancada paulista. Sucedeu a Washington Luís na presidência do Estado, assumindo a chefia do governo em maio de 1924. De sua obra administrativa destacam-se a remodelação da Estrada de Ferro Sorocabana, a organização do serviço de combate à broca do café, a criação do Instituto Biológico, as obras de captação das águas do Rio Claro, a fundação do Banco do Estado da Guarda Civil e do Instituto do Café. Foi jornalista durante toda a sua vida e ocupou o cargo de diretor do “Correio Paulistano”. Como compositor e musicista, deixou duas peças líricas intituladas: “A Bela Adormecida” e “Um Caso Singular”. Faleceu em exercício de seu cargo como Presidente do Estado (hoje seria Governador do Estado) a 27 de abril de 1927.

Comentários do Quinto Cartório, foto da Nádia Ramos.

Conforme já falei outras vezes neste blog, houve uma Revolução em 1924, cujo início se deu no Pari , que inclusive o governador do estado , na época  chamado presidente do estado, era o dr. Carlos de Campos,  foi afastado pelos revoltosos. Após ter saído da cidade , o presidente deposto se reuniu com tropas federais que vinham do Rio , então capital do país e da Penha de França, na altura da Estação mais tarde batizada com seu nome , bombardeou impiedosamente a capital paulista.

Foi um verdadeiro massacre , pois provocou pânico, fuga em massa de habitantes, meus familiares fugiram para cidades do interior paulista. Foi um terror , o Pari foi bombardeado, assim como outros bairros vizinhos , causando inúmeras mortes e ferimentos. Só cessou o bombardeio, com a retirada dos rebeldes , que se uniram a revoltosos de outros estados e formaram a Coluna Prestes ,que durante anos combateram por quase todo o país.

Mais tarde , deu-se o nome de dr. Carlos de Campos à uma das principais artérias do nosso bairro.

Cabe nesse ponto uma reflexão, qual o sentido dessa nomeação ?

Mas, como estamos falando sobre ruas do bairro , aqui está a Carlos de Campos, com a sua tradicional e bela capelinha de S. Pedro e a mais antiga ainda Soc. Benef. S. Pedro do Pari e o Centro Cultural São Pedro, que vem prestado relevantes serviços à nossa região.

Jayme Ramos

QUE BELO TIPO FACEIRO

Fui ao Instituto Tomie Otake, local onde sempre são montadas diversas exposições.

Numa delas observei cartazes de bondes paulistanos. Lembrei-me do bonde Canindé, que saía da garagem do Canindé e ia até o Centro.

Vários cartazes que faziam parte da exposição lá estavam.

Sentei e a mente foi viajando e comecei a me lembrar daquele bonde.

Os passageiros formavam uma verdadeira família, porisso a gozação era geral.

Corinthianos , palmeirenses, sampaulinos faziam as gozações em cima do adversário num ambiente de total amizade.

Jogadores que no domingo haviam disputados partidas memoráveis pelo Estrela , pelo Serra, pelo Tupi – Guarany, narravam aquele golaço, aquela defesa sensacional e assim a viagem transcorria tranquila. Naquele tempo dava-se o lugar a mulheres , idosos , mas já havia os que fingiam dormir para não fazer a gentileza.Namoros surgiram e alguns se converteram em casamento.

Claro que havia tipos pitorescos, como por exemplo o ” seu ” Adamastor. Era vendedor e pegava o bonde no ponto da Padre Vieira, se visse algum conhecido disfarçava para não pagar a passagem , gesto que havia às vezes entre amigos. Sr. Adamastor ia embarcar no bonde lá perto da Garagem, num ponto quase dentro da mesma. Várias pessoas e davam indiretas. Era uma S. Paulo diferente de hoje, era uma sociedade diferente, um mundo diferente, sem tanta violência.

Enfim, só nos restam lembranças de um tempo diferente , nem melhor , nem pior , totalmente , mas diferente.

RUA CARNOT

CARNOT (RUA)
Denominada pelo Ato nº 927 de 24 de agosto de 1916 Sadi Carnot, presidente da França, nasceu em Limoges no ano de 1837. Aluno da Escola Politécnica e da Escola de Pontes e Calçadas, foi nomeado em 1863 secretário adjunto ao conselho de Pontes e Calçadas e enviado no ano seguinte, como engenheiro, para Anneci. Eleito deputado por Baune, foi nomeado subsecretário do Estado das Obras Públicas (gabinete Dufaure, 1878), e depois, em 1880, Ministro das Obras Públicas. Reeleito em 1881, fez parte do gabinete Brisson (1885), tendo a pasta das Obras Públicas, que depois trocou pela da Fazenda. Foi o primeiro que teve a coragem de declarar ao País os déficits, até então dissimulados à nação, demonstrando ao mesmo tempo a necessidade de medidas sérias na economia. Em 1887 sucedeu a Júlio Grevy como Presidente da República Francesa. A 24 de junho de 1894, no meio das festas da Exposição de Lion, o presidente Carnot foi assassinado com uma punhalada por um anarquista italiano. Deixou a quantia de 50.000 francos, que sua esposa aplicou na criação da Fundação Carnot que, segundo sua vontade, tinha por fim distribuir socorro às viúvas de operários.Rua importante do Canindé, outrora residencial, hoje é um comércio fervilhante. Temos uma foto de uma casa bem antiga da Carnot , uma foto da citada rua na década de 50 e um cartaz referente à morte de Sadi Carnot, então Presidente da França.

Na rua Carnot na década de 20 , dois portugueses fundaram a A. A. Serra Morena, nome dado em homenagem à região onde ambos nasceram, hoje um dos melhores clubes da várzea paulistana.

PROFA. NORMA CRESTO

Não poderíamos esquecer de maneira alguma da grande , da grande música, soprano, destaque do Coral do Teatro Municipal de S. Paulo,como tambem com sua carreira solo, da querida Profa. Norma Cresto, nossa vizinha por muitos e muitos anos. A Norma se foi é bem verdade, que teve sua vida levada à cabo num crime misterioso, mas esse crime como alguns outros em nosso bairro são um capítulo à parte .

A foto acima e a homenagem do violonista Eduardo Machado dos Santos, um dos muitos alunos da Professora Norma Cresto que levam a vida espalhando a alegria, o sonho, o prazer e tudo o mais que a música nos traz. Nós temos no nosso blog a participação de um outro aluno brilhante que é o Failde

Nesta seção ” Pariense Famoso”, de hoje homenageamos na memória da Norma, a todos os professores parienses ou não , a quem prestamos a nossa reverência.

Vou citar nomes de alguns professores parienses , todos os tem no seu coração e na sua memória, estes e outros , mas, seria impossível citar todos.

Como eu tenho , para não magoar ninguém, todos tem a sua Izilda, Célia, Guiomar, Marina, dona Adelaide, dona Brígida, a querida Lili, esta não dava para deixar de citar, a Célia irmã da Lili, a outra irmã da Lili que eu não lembro o nome, o Pinheiro, o Fauze, a Mariana, o Frei Agostinho, o Frei Eurico e tantos outros e outras que deixaram no Pari , no coração do Pari e na memória , marcas indeléveis de saber, amor, carinho e amizade.

CASADOS X SOLTEIROS

Nesta foto pertencente ao arquivo do Domingos Curci Sobrinho, vemos um jogo de Casados 1  X

Solteiros 1, do pessoal do Bandeirantes no campo do Silva Telles. O campo do Silva ficava onde

até há pouco tempo se situava a Balanças Filizola, na hoje av. Marginal com a rua Joaquim Carlos. Por sua vez o Bandeirantes nessa época da foto ( 19/10/58), era uma equipe forte .

A sua sede era no bar da rua Itaqui com a Paganini, que era propriedade do pai do Odair Fininho, excelente ponta esquerda do próprio tricolor  e mais tarde do Estrela. Este uniforme era o de número dois , o de número um era igual da seleção paulista , ou seja listras verticais pretas e brancas , punhos e golas vermelhas. O Bandeirantes teve excelentes equipes e quando criança ainda lembro de ver jogos memoráveis do Bandeirantes contra o Tupi-Gurany, nos festivais no campo do Estrela , eram jogos disputados em alto índice técnico e com vitórias de lado a lado, o estádio estrelano lotava para ver esse antigo clássico do bairro.Na foto vemos entre outros o Chicão, o

Albella e  o Tito.

CONSELHEIRO DANTAS

CONSELHEIRO DANTAS (RUA)
Denominada pelo Ato 729 de 21 de novembro de 1914 Manuel Pinto de Souza Dantas nasceu na Bahia no ano de 1831. Foi senador brasileiro na época do Império. Foi também presidente do gabinete da monarquia que criou, em 1884, a Lei Sexagenária, dando liberdade aos escravos que tivessem mais de 60 anos. Foi escolhido para presidir o Banco do Brasil logo após a proclamação da República. Em 1891 fundou o “Jornal do Brasil” no Rio de Janeiro, ainda hoje considerado um dos maiores jornais do nosso País. Faleceu no ano de 1894
.

Hoje vou falar de uma rua do Pari/Canindé que é quase totalmente comercial. E um comércio forte de utensílios domésticos, brinquedos , artigos importados os mais diversos.

Foi uma loja desta rua que iniciou há décadas esse comércio, no início eram baldes de alumínio, talheres e os clientes na maior parte eram feirantes, era a Casa Arduin. Hoje o Canindé é tomado por um comércio forte, com prédios modernos.

Esta foto que nos foi fornecida pelo Aderbal Amaral, nos mostra um tempo que a Conselheiro era quase que totalmente residencial , um outro comércio, com destaque do famoso restaurante qe existe da década de 40, Casa Santos.

BOBBY DI CARLO

Hoje na seção ” Pariense famoso”, vamos falar do Bobby Di Carlo, um pariense de nascimento e de coração. Por tabela , vale a citação do Wagner Benatti,outro pariense de quatro costados, compositor de um  sucesso estrondoso ” O tijolinho”, gravado pelo Bobby.

Vamos à entrevista de Roberto ( Bobby ):

Categoria:Outro

Por Matheus TrunkZingu! – Como você começou sua carreira artística?Bobby di Carlo- Comecei em 1960, quando o rock apareceu no Brasil fazendo sucesso com nomes como Celly Campelo, Tony Campelo, Ronnie Cord, Carlos Gonzaga e mais alguns cantores. Lançamos pela gravadora Odeon (hoje BMG) 3 discos em 78 rpm. As canções desses primeiros discos foram Oh Eliana, Quero Amar, Amôr de Brotinho, Gatinha Lilly, Broto Feliz e Hey Lilly. Na época, eu estava com 14 anos e tive que dar um tempo na carreira porque estudava e não podia conciliar as duas coisas.

Z- Você gostava do Elvis? Qual foi o cantor que mais te influenciou?

BC- Gostava de algumas canções do Elvis. Mas os meus cantores preferidos eram o Little Richard e o Rick Nelson.

Z- E os Beatles?

BC- Até hoje, continuo gostando dos Beatles. Penso que todos da minha geração foram influenciados por eles tanto nas canções, como na maneira de se vestir e mesmo na irreverência.

Z- Como foi sua participação no programa “Jovem Guarda”?

BC- Em 1966, acontecia o programa Jovem Guarda na TV Record. O Sérgio de Freitas( ( outro pariense ) que era radialista me convidou para voltar a gravar. Ele me apresentou ao Wagner Tadeu Benatti, compositor que dentre várias musicas me mostrou “Tijolinho”. Gostei e fomos à cata de uma gravadora. Acertamos com a Mocambo, gravamos e a canção fez um relativo sucesso. A Record me contratou para o programa do Ronnie Von aos sábados e no Jovem Guarda aos domingos.

Z- Havia uma concorrência muito forte entre o senhor e os outros cantores jovens da época?

BC- Não vejo como concorrência. Na verdade, havia uma disputa para alcançar as paradas de sucessos. Mas sempre houve espaço para todos os intérpretes e grupos musicais da época.

Z- Cantores da Jovem Guarda como o senhor, Erasmo Carlos, Marcos Roberto e tantos outros eram tidos como bregas. O que o senhor pensa disso?

BC- Na verdade, o que é moda hoje, amanhã poderá ser brega. Na minha época, nosso estilo musical poderia ser considerado cafona.

Z- Havia muito preconceito contra a música jovem na época?

BC- A competividade entre os cantores da época podia até gerar um certo preconceito das pessoas mais velhas. Mas naquele momento nem eu, nem os outros cantores que estavam começando pensávamos nisso. Porque tudo girava em torno da Jovem Guarda, que era um grande movimento musical de toda uma geração.

Z- Um de seus maiores sucessos foi “Boneca que Diz Não”. Como surgiu essa música?

BC- Na verdade, “A Boneca que Diz Não”, é uma versão gravada originalmente por Michael Polnareff um cantor belga. Como ele estava no topo das paradas, acabamos fazendo essa versão que teve grande repercussão e fez bastante sucesso.

Z- Como surgiu “Tijolinho”?

BC- O compositor da canção, o Wagner fazia parte do grupo Os Megatons. Gravamos essa canção como música de trabalho do meu primeiro LP e o resultado foi muito bom. Esse LP foi excelente porque não havia restrições na escolha das músicas, arranjos, em nada. E “Tijolinho” acabou sendo o meu maior sucesso.

Z- O segundo disco foi feito da mesma maneira?

BC- Gostei muito do resultado do primeiro. Infelizmente, o segundo foi feito de uma maneira não muito satisfatória. A escolha das músicas, os arranjos, a pressa para se lançar, a capa. Enfim, o resultado não foi muito bom.

Z- Hoje, você avalia que o resultado do segundo disco não ter sido satisfatório prejudicou a sua carreira?

BC- Embora não tenha ficado como eu queria, não abalou os meus propósitos.

Z- Como era o assédio do público feminino aos cantores da JG?

BC- Comparado aos dias de hoje, o assédio era mais comedido. Porém, era muito grande. Para nós, na verdade, esse tipo de coisa era muito bom.

Z- Como foi sua participação nos filmes “Adorável Trapalhão” e “Juventude e Ternura”?

BC- Minha participação no “Adorável Trapalhão” foi pequena. Eu aparecia cantando “Cuidado Pra Não Derreter”, que era uma das músicas de trabalho do meu disco. Já no “Juventude e Ternura”, meu papel era maior. Eu fazia um guitarrista, chamado Paulinho que tocava na banda da Wanderléa. Ela fazia a personagem Beth. Curiosidade: os dois filmes eram produções do Jarbas Barbosa, irmão do Chacrinha.

Z- Após o fim do programa, o senhor continuou a carreira musical?

BC- Sempre gostei de música e continuo como músico, arranjador e produtor de um estúdio. Espero ainda um dia poder mostrar mais algumas coisas para o grande público.

Z- O Roberto Carlos proibiu a comercialização da biografia “Roberto Carlos Em Detalhes” de Paulo César de Araújo. O que o senhor achou disso?

BC- Na verdade, eu não sei te dizer. Não li a obra literária e não saberia dizer os motivos que levaram a proibição do livro.

Z- Pra encerrar, o que a Jovem Guarda significou para o senhor?

BC- Pra mim, foi algo maravilhoso e inesquecível. Eu sempre gostei de música, e durante o programa eu conseguia fazer o que eu mais gostava com o reconhecimento do grande público.

O Tijolinho

(Wagner Benatti)

Eu sei se esperar mais um pouquinho
Meu amor, meu carinho pra você vou dar
Sem me arrepender
Demorei mas encontrei você e é sincera
E agora não já quero mais esta longa espera
Por que?
Você é meu amorzinho
Você é meu amorzão
Você é o tijolinho
Que faltava na minha construção
É verdade, é verdade, é verdade
Solo:
Você é meu amorzinho
Você é meu amorzão
Você é um tijolinho
Que faltava na minha construção
Você é meu amorzinho
Você é meu amorzão
Você é um tijolinho
Que faltava na minha construção
É verdade, é verdade, é verdade

PILLON

Festa na Carrocerrias João Pillon, em 1944.

Na 1ª Fila da esquerda para a direita, no fundo empé, o 8º é meu avô
Vitório Pillon, ao lado sua filha Eurydice Pillon (a que cantava na
Páscoa, ela fazia o papel da Verônica), ao lado sua filha Doly Pillon,
ao lado não sei, mas a seguir vem a filha mais velha Ester Pillon.

2ª Fila, do meio, da esquerda para a direita a 3ª é a esposa do Álvaro
Pillon, Judith Mantovani Pillon e atrás dela, a esposa do meu avô,
minha avó Cecília Carlet Pillon.

3ª fila, ao lado do sanfoneiro, Vladir Pillon, meu pai aos 9 anos.

Meu tio Wilken Pillon não está na foto, pois estava no Rio de Janeiro
se preparando para partir para a Europa lutar na 2ª Guerra. Chegou até
a embarcar em 1945, mas graças a Deus a guerra terminou.Vou te mandar
uma foto dele com o uniforme ainda. Meu tio Álvaro devia estar
batendo a foto, pq asssim como eu ele era o fotografo da família.

Thereza Pillon

oto do belo Arquivo da Thereza Pillon, nos mostra uma festa na Fábrica de Carrocerias João Pillon, uma empresa  que foi um dos orgulhos do bairro.

Esta postagem tem a assessoria da Nádia Ramos.

OUTRA NOIVA

Não é uma série, nem noiva 2 é uma história semelhante aquela da semana passada. Desta feita quem nos manda a história é a Ilda, que criou coragem  em contá-la, motivada pela da semana passada. Vamos a outra noiva a da rua Itaqui. ocorrida na década de 20:

Uma menina de nome Cosma  , vinha da venda do Nicolino Farelli , onde hoje é o Pif-Paf , pela rua Itaqui, perto da rua Paganini . Era tudo mato, só havia aquele caminho de terra batido e algumas luzinhas que elas acompanhavam. Cosma nunca teve medo de nada, mas sua irmãzinha  , a Nina, era vidente. De repente, ela disse qe havia uma moça de branco embaixo da árvore . Cosma morreu de rir , mas apertaram o passo.   Havia alguns homens bebendo num boteco. De repente ,Nina disse que a noiva estava correndo atras delas, mas Cosma  olhou para trás e não havia ninguém. A  rua , que era de terra, um silêncio tremendo  e todo mundo ouviu uma garrafa explodir e a Nina cair no chão gritando de dor. Os homens do boteco correram, mas não se achou nada, nem um caco de vidro, nada. Descobriu-se anos mais tarde, que realmente uma moça morreu ali vestida de noiva. Foi morta pelo noivo com uma garrafada na cabeça, porque ele descobriu que ela não era mais virgem. Não se sabe em que ano foi essa história da noiva, mas a moça vivia ali como um fantasma . O que é interessante é que essa história foi na década de 20  e muita gente viu nas pernas de Nina, as marcas de ferimento .

EMÍDIO

CORONEL EMÍDIO PIEDADE (RUA)
Denominada pela Lei nº 2059 de 12 de março de 1917 O tenente-coronel Emídio José da Piedade foi político paulista. Como representante de São Paulo, teve assento nas Assembléias Provinciais de 1874-75, de 1882-83, de 1884-85 e de 1888-89. No período republicano, o coronel Emídio Piedade tomou parte nos trabalhos da 4ª. Legislatura, de 1898-1900, e na 5ª., de 1901-1903.

Matéria extraída do blog do Quinto Cartório.

Esta antiga rua do Pari, tem início na rua Mendes Gonçalves e termina um quilometro depois na rua Joaquim Carlos. Antes de ter esse nome chamava-se

rua do  Trabalho, sim lá moravam , vários trabalhadores das diversas indústrias da região.  Será coincidência terem tirado esse nome justo no ano da Grande Greve Geral que houve em São Paulo, cujo ponto central das reuniões era ali perto, no largo da Concórdia? a greve geral em si , não, pois foi em julho do mesmo ano, mas as condições para a mesma estavam criadas e estavam em ebulição. O nome mudado, fatores ideológicos à parte é mais dessas besteiras que as autoridades fazem a esse respeito, mas como falei várias vezes nesse assunto seria redundância da minha parte tocar nele .

Na Emídio , além de um forte comércio, temos também na esquina com a rua Rio Bonito, o 12 D P Pari e o Colégio Saint Clair. Aliás este colégio, já famoso no Pari, faz uma festa junina bem típica, ela extrapola os limites do colégio e vai à rua , onde se realiza um animado arraiá, temos até uma foto neste blog.

A NOIVA

Hoje quem vai contar a história é uma colaboradora do blog, a Teresa Pillon, que inclusive teve a oportunidade de conhecer , quando  pequenina , uma

das personagens:

” Conversei com  a filha da Zulmira e ela me contou a história
verdadeira, segundo palavras dela do espírito da noiva .

O local, era em frente ao leite União, onde ficava a chácara da
família Fernandes.

Foi por volta de Novembro de 1928, a dona Luzia , na época com 18 anos,
foi comprar remédio para o marido Laurindo e pediu para a irmã, com 9 anos, a Zulmira,
acompanhá-la.

Na volta, a Zulmira comentou que uma moça de branco, que ela via com um
véu, estava vindo em direção a elas. Aí, as duas começaram a correr e
realmente se ouviu o estouro de uma garrafa e nada foi encontrado.
Apenas Zulmira ficou com a perna torna e minúsculas pontinhas como
vidros. Ela ficou por meses mancando, o que obrigou a mãe das duas, dona Gioconda, a procurar um “Centro” espírita. Na época
isso não existia e era mal visto. Ela encontrou um na Zona sul. Lá o
espírito da moça se revelou e disse que havia feito uma maldade grande com
uma mocinha da platéia. Pediu perdão para a Zulmira e disse que estava com
ódio, porque seu noivo a havia matado embaixo da árvore. A Zulmira mancou
um pouco por décadas.

O interessante e que eu não sabia, foi que a vizinha da Zulmira após
ela mudar-se do Alto do Pari para próximo a Santa Rita, após uns 35
anos, numa tarde em que as mulheres se reuniam para fazer tricô juntas
e conversar. Uma delas disse que quando pequena tambem viu essa moça de
branco embaixo dessa árvore.”

Agradeço a Teresa pela história, você também caro leitor se quiser mandar uma história, mande-a para o meu e mail, que é     naciwa@gmail.com

e  claro que se for do seu desejo, mudaremos nomes e ocasiões , para não causar

transtornos  a parentes ou amigos dos personagens.

ALEXANDRINO PEDROSO

ALEXANDRINO PEDROSO (RUA)
Denominada pelo Ato nº 1906 de 28 de Dezembro de 1922. O Dr. Alexandrino de Moraes Pedroso foi um conceituado médico paulista. Filho do Cel. Francisco Antonio Pedroso e neto de Dona Alexandrina de Morais, proprietária da conhecida chácara “Dona Alexandrina”, no bairro da Liberdade. Foi nessa chácara que se rasgaram, em 1886, as atuais ruas Pedroso, Maestro Cardim, Alfredo Elis, Martiniano de Carvalho e Artur Prado. O Dr. Alexandrino era professor da Faculdade de Medicina de São Paulo e chefe do laboratório central da Santa Casa de Misericórdia.Do site do Quinto Cartório de Registro de Imóveis, eu tireiinformações sobre mais uma rua pariense. 

Mais conhecida como a rua da Tostines, pois ali se localizava a grande indústria de produtos alimentícios.

NELSON GONÇALVES, UM DOS ORGULHOS DO BAIRRO

Antônio Gonçalves Sobral nasceu em Santana do Livramento, no Rio Grande do Sul, no dia 21 de junho de 1919. Logo depois, ele mudou-se com seus pais portugueses para o bairro do Brás, em São Paulo, onde foi criado. E para sobreviver, chegou a desempenhar as atividades mais diversas.

Antes de trabalhar como garçom no bar de seu irmão na Avenida São João, em São Paulo, trabalhou como engraxate, mecânico e jornaleiro. Bastante impulsivo e violento, aos 16 anos, foi campeão paulista de box, na categoria de peso-médio. Depois, durante o tempo em que morou no Rio, após ser recusado em várias rádios, foi finalmente crooner do Cassino Copacabana Palace, alcançando então o início da tão sonhada glória nacional.

Grande ídolo na década de 50, apresentou-se em diversas capitais e cidades brasileiras. Fora do Brasil, no Uruguai, Argentina e nos Estados Unidos, onde apresentou-se, em 1961, no lendário Radio City Hall, de Nova York.

Os mais antigos ainda se lembram da família pobre que morava na rua Almirante Barroso e percorria as ruas do Brás , Pari a cantar músicas portu-

guesas em troco de alguns trocados.

O pai de o Nelson, a mãe a cantar tristes fados, um senhor deficiente visual e

o menininho já dando os seus primeiros passos cantando algumas melodias.

O seu irmão Quincas, chegou a ter um relativo sucesso cantando fados.

O meu pai era jovem e aos domingos ao cair da tarde ia a um bailinho do Club Nacional, no Largo Silva Telles. Quando cantava aquele rapazinho da Almirante , todos paravam de dançar para ve-lo cantar , naquela época imitando o Orlando Silva.

Depois o rapaz magrinho sumiu e anos depois os rádios tocavam as suas belas músicas a toda hora.

Quando começaram a aparecer as fotos daquele jovem cantor o bairro explodiu de alegria, vejam é aquele magrelo da Almirante, diziam uns . É aquele magrinho que quando criança saia pelas ruas a pedir dinheiro.

Bem dali para frente acima tem um pouco da história desse cantor, que fez um sucesso estrondoso por todo o Brasil e até internacionalmente. Doidivanas, Marias Bethanias, boêmios, a flor do meu bairro, foram lembradas pela voz que foi se tornando inconfundível e muito admirada. Ao Nersão as nossas homenagens.

PARIENSE FAMOSO

O segundo da direita para a esquerda, deste ataque corinthiano é Nelsinho.

Pariense de uma família de corinthianos , a família Nunes, mais conhecida como

os Paredão.

O primeiro Paredão a jogar no Corinthians, foi o Cesar que levou o apelido que passou para a família.

Jogou nos primeiros quadros do Timão e tal era a sua raça e categoria , que  devido nada passar pelo meio de campo alvinegro era tido como uma muralha , um paredão. Foi o Cesar que comprou a primeira bola para o Mosqueteiro e levou o seu irmão para jogar lá e seu irmão se tornou um grande ídolo, o jogador que mais anos jogou pelo time dos calções negros, o Neco.

Nelsinho era sobrinho dessa dinastia fiel. Jogou vários anos pelo Timão .

Na várzea pariense ele jogou no Vigor e é um dos maiores craques vigorenses

da história.

ÂNCORA paulista

Hoje vou falar num clube aguerrido do bairro do Pari.

Trata-se do Âncora Paulista, equipe antiga, vemos uma foto que o Aderbal Amaral nos forneceu que data de 1953. O campo da equipe alviceleste daVacaria, era na várzea do Tietê, na altura da Joaquim Carlos . Tal campo foi desapropriado para a construção da avenida marginal esquerda.

Eu joguei na lateral direita do Infantil, ao lado do Luiz Antonio, Reminho, Zóinho, Padeiro e outros. Era uma equipe lutadora e difícil de ser batida.

Mesmo com a perda do campo , o Âncora manteve sua sede social no Pari.

O clube é originário de uma região do bairro na divisa com o Belenzinho que era conhecida como Vacaria, dada a criação de gado leiteiro.

GLORIOSO DO BRÁS

Opa! futebol no Pari e você fala em Glorioso do Brás ?

Sim, eu já afirmei várias vezes que o Pari , desconhecido por muitos que é  , torna-se Brás e a região do Brás lindeira ao nosso bairro, assim como um trecho

da Luz , da  Ponte Pequena , da  Sá Barbosa, estão mais voltadas para o bairro doce de Sampa, do que propriamente aos bairros a que pertencem.

Então hoje lembramos hoje  do Glorioso, time aguerrido, fundado em 1943, que joga a cada quinze dias no campo do Vigor e que já revelou alguns jogadores.

De momento eu lembro que do alviceleste da rua Júlio Ribeiro, surgiu o Mané, que jogou nos anos 60 no Botafogo F. C. de Ribeirão Preto, um craque de bola.

Do glorioso saiu um bom jogador de futebol, porém ele preferiu a carreira artística, onde até hoje é um ator global dos mais famosos, Tony Ramos.

Ao pessoal da Júlio , Saudações Parienses !

PARIENSE CARLOS SPERA

Carlos Spera nasceu em São Paulo, capital, em 15 de junho de 1929. Desde garoto queria ser repórter. Estava apenas com 20 anos quando começou a trabalhar no jornal “Hoje”. Ali ficou três anos. A seguir passou para o jornal “Hora”. Mais um ano e passou para os Diários Associados. Em 1953 ficou responsável pelo programa “Ronda dos Bairros”. Em 1954, já contratado pela Rádio Difusora de São Paulo, e começou a desenvolver intenso trabalho jornalístico. Investiu tanto no setor nacional como internacional. Esteve nos Estados Unidos, em toda a Europa e no Oriente Médio. Estava em Londres, quando na cerimônia fúnebre de Wiston Churchiel. Em 1961, quando Jânio Quadros, então presidente, renunciou, Carlos Spera ficou no microfone por 24 horas consecutivas. Em 1963, esteve nos Estados Unidos, para transmitir informações sobre o assassinato do Presidente Kennedy. Incansável, irreverente, era muito respeitado por todos a quem entrevistava. Todos o consideravam o maior repórter de seu tempo. Além de trabalhar na TV TUPI, foi também repórter da TV Cultura, que foi por muito tempo a caçula, dentre as Associadas. Ele foi importante na implantação da TV Cultura. Hoje ele dá nome à rua que contorna a sede da Fundação Padre Anchieta, que hoje congrega a TV Cultura, a Rádio Cultura AM e a Rádio Cultura FM. É um belo conjunto arquitetônico, que fica no bairro da Água Branca em São Paulo. Carlos Spera faleceu ainda muito jovem, com apenas 37 anos, em 11 de janeiro de 1966. Deixou a filha Sandra Spera, que se formou em Relações Públicas, na Fundação Cásper Líbero, na década de 70.Mais um pariense famoso no setor de Comunicações. 

Trata-s e do grande repórter Carlos Spera. Carreira curta , porém brilhante, repórter dinâmico, ágil , um pariense exemplar.

BAILES

Bailes do CMTC Clube eram concorridos, eram realizados nos sábados à noite.

Várias turmas do bairro se confraternizavam, num espírito de defesa contra possíveis invasores, principalmente porque eles vinham para ” folgar  no pedaço” .

Esse era o pensamento, mas o principal era dançar, paquerar e beber um pouquinho, porque ninguém era de ferro.

Mas , aconteciam histórias de amor, às vezes de briga e muitas histórias engraçadas.

Nonato era o famoso bico doce, também era chamado de Zé Bonitinho, todo engomadinho, sapato branco impecável, o carro lá na rua a espera da gata a ser conquistada.

Era um exímio dançarino, generoso nos gastos com amigos e ” minas  “, sua mesa era a mais frequentada do salão.

Poucos percebiam, porém , que ele usava uma peruca, muito bem feita, só quem conhecia é que sabia, a iluminação era com luz negra e luzes estreboscópicas ( até hoje eu não sei o quer dizer essa palavra ), portanto não dava para se perceber.

E lá ia Nonato desfilando pelo salão todo o seu garbo.

Mas um dia, sempre existe esse dia, quem surge no baile?

Távio, sim Otávio era seu nome, um gozador , um como se dizia , arreliento.

Frequentador da boca do luxo, com suas boites, Galeria Metrópole e congêneres, não sabemos o que lhe deu na cabeça de aparecer lá no baile.

Baile era uma coisa que ele achava chato e só os frequentou até os 16 anos, dalí para a frente só os chamados ” inferninhos “.

Pois bem , Távio fez o reconhecimento do terreno e como tinha muitos amigos começou a bater papo com vários jovens, a rodinha em torno dele e suas histórias aumentava, como aumentava o volume das gargalhadas , devidas às suas peripécias , que ele narrava.

Nisso ele viu o seu amigo de infância, sim o nosso outro herói, Nonato. Nonato estava ” chavecando ” uma mina, quás,quás,quás daqui, dali, uma dançadinha de rosto colado, um beijinho, ou seja a sua tática infalível, noite garantida.

O que fez Távio?  De longe exclamou:

“-Nonatão , meu amigo, quanto tempo ! ”

Era tudo que Nonato não queria que acontecesse, pois ele achava o seu amigo um chato e sabia que alguma coisa de ruim , estava prestes a acontecer.

Ainda mais que ao dar um grande abraço, ele deixou a sua mão escapar e derrubou a peruca do bailarino. A dama quase desmaia, o bailarino deu uma voadora no Távio, amigos de ambos começaram a discutir, era bandeja do garçom voando, moças escorregando no chão molhado e de pernas para cima,

a banda ( na época se chamava conjunto ), aumentou o som ,mas não deu resultado, o diretor do clube berrava ao microfone para pararem a briga , se não ia chamar a polícia. Cadeiras voavam de um lado a outro do salão, algum gaiato atirou um prato cheio de amendoim no rosto do diretor , os pratinhos voavam , parecia uma batalha de discos voadores. O crooner da banda vociferava parem, parem, alegria ,pessoal , alegria, pronto foi o mote, um frequentador do baile, louco por uma encrenca, aqueles da teoria do quanto pior melhor, subiu no palco e entornou um balde de gelo na cabeça do cantor, que gritava ” acendam  a luz , acendam a luz, filhos da p…! ”

A pancadaria comia solta e ao som das primeiras sirenes da rádio -patrulha, os ânimos se acalmaram, o som voltou e segundo Paulinho Martins que me contou esta história, ninguém acreditou, sentados comendo uma porção de fritas e tomando cerveja, lá estavam Nonato, com a peruca toda molhada, Távio e duas minas, preparando uma esticada na noitada.

Riam às baldas, enquanto funcionárias da limpeza recolhiam , literalmente os cacos daquela briga patética.

Enfim, tudo acabou não em pizza , mas na boite ” La vie en rose ” que era de um pariense lá do Luzitano F.  C. e mais tarde num desses  HO. da João Teodoro.

Como eu digo sempre , o amor tudo vence …

RUA CANINDÉ

Jovens da década de 60 na esquina da Conselheiro Dantas com a rua Canindé,

que é a rua lembrada hoje.

Rua muito antiga, fazia parte do Caminho do Pary, desde tempos remotos.

A foto é do arquivo do Aderbal Amaral e o vemos ao lado de dois rapazes irmãos entre si e que eram cunhados do Jóia.

CANINDÉ (RUA)
Denominada pelo Ato nº 972 de 24 de agosto de 1916 Nome tradicional de um bairro de São Paulo. Na língua Tupi é o nome de uma espécie de arara.

ZEPELLIN NO PARI

O DIA DO ZEPELLIN NO PARI

Apesar da má qualidade da foto, talvez batida contra o Sol , dá para se dimensionar o tamanho do dirigível Zepellin que na década de 30 este-

ve em visita ao Brasil.

Os mais antigos e que presenciaram a cena , dizem que era enorme, todos saíram às ruas para vê-lo e ficavam pasmos , emudecidos até, perante tamanha grandeza.

Os mais novos irão estranhar aquela cruz enorme em meio às torres da nossa Igreja de Santo Antonio. Eu com os meus 63 anos , também estranharia , se os

antigos, novamente eles, não tivessem me contado , pois não a vi.

Nas festas ela ficava toda iluminada e porque a tiraram ?  agora pasmem com a explicação.

É sabido que no Convento Franciscano do Pari, sempre tivemos vários frades alemães. Pois bem, durante a II Guerra Mundial , houve uma verdadeira caça às bruxas, contra imigrantes das potencias do Eixo, Alemanha, Japão e Itália.

Muita injustiça foi cometida contra imigrantes desses países.

No tocante à Igreja Santo Antonio, o que aconteceu foi o seguinte; atendendo a supostas ” denúncias ” de que havia espiões nazistas disfarçados de frades e que a citada cruz era uma torre transmissora do Pari para a Alemanha nazista, vários agentes do DOPS,Departamento de Ordem Política e Social, invadiram a Igreja e o Convento em busca de provas contra a tal espionagem .

Nada foi provado e após um alarido tremendo , imprensa , emissoras de rádio presentes, o assunto foi esquecido , porém na dúvida o orgão repressor da Ditadura Vargas  ” sugeriu ” que a cruz fosse removida para a tristeza dos paroquianos.

Essa história foi contada por várias pessoas que inclusive presenciaram toda aquela movimentação.

Portanto o Pari , segundo fontes policiais já foi considerado um aliado de Adolph Hitler, o que dá a falta de controle do ridículo a que ficam expostos

tais defensores da Lei.

SERRA

Damos início ao Serra Morena, o clube bem organizado atualmente e dirigido por uma equipe fabulosa, encabeçada pelo Presidente sr. Celso Lopes. Fundado por dois portugueses da região da Serra Morena, para amenizar a saudade que sentiam da santa terrinha, fundaram um clube na rua Carnot. Jamais aqueles dois patrícios imaginariam que o Serra seria hoje essa potência do futebol varzeano. Com uma bela praça de esportes, em vias de receber grama sintética, iluminado , com um quadra coberta, ótimo salão de festas, cancha de bocha. Com uma equipe forte, que disputa e vence vários torneios e festivais. Vou transcrever um trecho de um site intitulado “Parece mas não é”, que cita a tese defendida por muitos serranos e que eu assino embaixo, o da originalidade do emblema de Serra. Vejam:

“A primeiro momento aposto que voce iria dizer que esse clube copiou o brasão do São Paulo F.C.Pois é,eu tambem pensava assim, mas depois fui ver que a A.A. SERRA MORENA foi fundado antes mesmo do Tricolor Paulista,em 1929.”

CERTIFICO E DOU FÉ

PARI LITUANO

Na história de hoje, vou falar de um povo que muito trabalhou para o  progresso do Pari, os lituanos.

Depois de mais uma invasão , desta vez a soviética, houve uma debandada geral de lituanos para vários países , em especial para o Brasil.

Principalmente na Metalúrgica Souza Noschese, que ficava onde é hoje a Polo Modas, centenas deles trabalhavam.  Eram fortes , resistentes e eram mão de obra barata.

Povo muito religioso, porém, não havia missas em lituano em parte alguma da cidade de S.Paulo.

Veio um padre da Lituânia, se hospedou no Convento dos Frades Franciscanos no Pari e passou a celebrar Missas todos os domingos às 11 hs., era o Padre Jeronimas Valaitis.

As Missas eram celebradas no idioma nacional daquele país e aos domingos , minha mãe conta

que centenas de naturais daquele país, vinham com roupas típicas , do Alto da Moóca, da Vila Bela e do próprio Canindé. Essas Missas foram celebradas até meados da década de 30, quando construíram uma Igreja de São José na Vila Zelina.

Tive a oportunidade de conhecer no empório do meu pai, vários deles, gente forte , trabalhadora que contava histórias daquele país europeu.

Lembro-me do sr. Afonsas Vitamantas, do seu Antonio da farmácia , cujo nome era Antunas Mataciunas, o sr. Vitantas que era motorista do Leite União e que falava que a palavra Rei na Lituânia,era Karallos e Rainha Karallineas, assim como em Roma era o Cesar , na Rússia o Czar, na Romênia Carol.

Tinha o intelectual pariense Paulauskas, o Waldemar que tinha problemas de saude mental e falava a todos, Me emprrresta quinhentom, da. Wilma? a todas as mulheres ele chamava de Wilma.

Havia na Rio Bonito um senhor forte , que tinha o cabelo repartido no meio, do qual eu não lembro o nome, enfim mais um povo que colaborou e muito para o progresso do nosso Pari.

Abaixo o tradicional brasão da Lituânia, hoje um país independente, brasão este que leva o nome de Vytis e que simboliza aquele belo país. Saudações Parienses a toda colônia lituana de todo o Brasil.

LARGUINHO

PADRE BENTO (PRAÇA)
Denominada pelo Ato nº 139 de 11 de abril de 1931 Padre Bento Dias Pacheco nasceu no sítio da Ponte, em Itu, a 17 de setembro de 1819. Tendo feito seus primeiros estudos no Convento de São Luís, dos padres franciscanos, após curta estadia em Itu, por força do falecimento de seu pai, matriculou-se na aula de teologia da Sé de São Paulo, ordenando-se a 28 de outubro de 1843. Nomeado vigário da paróquia de Indaiatuba, aí se demorou pouco tempo, passando para a de Cabreúva. Em 1847 deixou esse cargo e por mais de vinte anos permaneceu no chamado sítio Quilombo, onde viveu entre negros escravos e a gente humilde das lavouras e povoações vizinhas. Em 1869 vendeu o sítio e dedicou-se de corpo e alma aos leprosos. Adquiriu uma chácara em Itu e aí recolheu e tratou muitas pessoas doentes. Tal foi o seu carinho nesse trabalho e tanta abnegação que, mesmo os contrários ao Cristianismo e os indiferentes para com a religião jamais lhe puderam negar o epíteto de Santo. Faleceu, após 40 anos de vida comum com os leprosos, a 6 de março de 1911.

Na seção  ” As ruas do Pari” de hoje, vamos lembrar do ponto principal do nosso bairro.

O Larguinho, o Largo da Igreja, o Largo Santo Antonio, o Largo do Pari, o lugar dos antigos “footings”, vários nomes que davam e às vezes ainda  dão à Praça Padre Bento, que no ano de 1930, por alguns meses chamou-se Miguel Costa.

Já falamos da homenagem a um grande sacerdote , que teve uma vida de serviço aos que padeciam do Mal de Hansen. Na foto vemos uma estátua de Padre Bento localizada no prin-

cipal logradouro da República do Pary.

RUA DAS OLARIAS

Hoje na seção ” As ruas do Pari ” vou falar de uma rua que na minha infância eu ia brincar .

Rua das Olarias, ia jogar bola lá, correr, brincar. Nesta foto vemos o Alcides Testi, na sua porta na citada rua , na década de 40.

Temos abaixo dados do Quinto Cartório de Registro de Imóveis sobre a Olarias:

OLARIAS (RUA) Denominada pelo Ato nº 972 de 24 de agosto de 1916 Denominação de origem popular que lembra a existência de olarias no local, para a fabricação de tijolos e telhas, muito comuns em São Paulo e principalmente próximos aos rios Tietê e Tamanduateí.

É O AMOR …

Mais uma história do Pari, mais uma história real, porém em respeito às pessoas , alteraremos

as suas nacionalidades, os seus nomes.

Frida e Júlio Antonio namoravam , um namoro bonito, cheio de romantismo.

Frida havia vindo com a família da Alemanha pobre do início dos anos 50 e Júlio , brasileiro, ambos residiam no Pari.

Os bancos da Praça Padre Bento, as poltronas dos cinemas do bairro, serviam de verdadeiro refúgio , onde ambos faziam projetos para um futuro feliz, apesar de terem pouco mais de

14 anos.

Júlio era criado pela tia materna,  a feroz dona Olímpia, desde a morte prematura de sua mãe . Seu pai já havia casado com outra.

Dona Olímpia não via com bons olhos o namoro dizendo que Frida era estrangeira de costumes estranhos, que aquele namoro não iria dar certo.

Um dia , o pai de Frida recebeu um convite da Alemanha, para retornar , pois havia surgido um emprego bem melhor do que tinha aqui .

Helmut não pestanejou, era tudo que ele queria e logo arrumou as malas e retornou para a sua Pátria, com a mulher e seus seis filhos.

E o namoro como ia ficar , rios de lágrimas foram derramados por Frida, na verdade pelos dois.

Mas , não houve solução e a alemãzinha tinha que retornar com a família para a terra natal.

Segundo ela mesma , foi o dia mais triste da vida dela.

Dona Olímpia fez de tudo , ajudou na mudança , foi até o porto de Santos acompanhar a família.

Chegou a hora da partida os dois se despediram, prometeram que iriam escrever cartas diárias e

as juras de até breve.

Chegando na Alemanha, foram se instalando, Frida acabrunhada, escrevendo  uma carta , duas , tres e nada de resposta. Ela emagrecendo, pois além da saudade imensa , se sentia uma idiota, pois

não havia resposta , nada, nenhuma carta, nenhum telegrama, nada.Frida morava perto  do mar e passava horas olhando para o infinito , imaginando onde estaria aquela hora o Júlio.  Frida foi se desencantando , o tempo passando e com os anos namorou, casou , como casada está até hoje, com um seu patrício.

E aqui no Brasil, Júlio ia ao desespero , nenhuma carta , nada da Frida, aquela falsa , cretina ( sic ),

as cartas que sua tia levava para postar no Correio, não tinham resposta, nada.

Aí , com o tempo ele arranjou uma namorada, casou-se  e casado está até hoje.

A história terminou, como assim? e as cartas ?

Pois é dona Olímpia as jogava fora e as de Frida ela guardava e não entregava ao sobrinho.

Como se soube, pois é, dezenas de anos depois , dona Olímpia no seu leito de morte, apontava para uma caixa em cima do seu guarda-roupa e balbuciava para que o Júlio a abrisse e visse .

Dezenas de cartas, dobradinhas , enfeitadas , algumas ainda conservavam um doce aroma de perfume, todas de Frida, ela olhou para o Júlio , pediu perdão , um fio de lágrima escorreu pela sua face e antes que esse fio atingisse o seu queixo ,dona Olímpia faleceu.

Júliio que estava sòzinho com a sua tia , chorou baixinho , não pela morte dela , mas pela morte dos seus sentimentos, pelo morte do seu amor , mas mesmo assim, ele falou para a recém falecida que ela estava perdoada e com seus dois dedos indicadores , fechou os olhos semi-abertos de sua tia, enquanto , com as cartas nas mãos , ele perguntava à tia morta, por que? por que?

Bolero, tango, fado , samba-canção, ?  não , realidade de um amor, que a maldade humana, a repressão, tentam matar , mas não conseguem, pois o ser humano foi feito pelo amor e para o amor.

JACINTO , O PARIENSE DO SAPATO BRANCO

Jacinto Figueira Júnior (4 de dezembro de 1927 — 27 de dezembro de 2005) foi um apresentador de televisão brasileiro conhecido como “O Homem do Sapato Branco”.

Nos anos 50, fez sucesso no meio musical com sua banda country “Junior e seus Cowboys”, mas só ingressou na TV em 1963, com o programa “Fato em Foco”, transmitido pela TV Cultura e um ano depois com “Câmera Indiscreta”, na mesma emissora.

Ainda passou pela Rádio Nacional de São Paulo (atual Rádio Globo) nos anos 1960 e 1970. Nessa época gravou a música “O Charreteiro”, que fez sucesso graças ao programa de rádio de Silvio Santos, que a tocava diariamente e que chegou a lhe conceder uma medalha de ouro no quadro “Sobe e Desce”, no qual os ouvintes opinavam se a música deveria continuar a ser tocada (sobe) ou devia ser substituída por outro sucesso (desce). Esse sucesso como cantor o fez até participar de uma telenovela e de uma fotonovela, publicada numa revista para o público feminino nos anos 60.

No seu próprio programa de rádio na Rádio Nacional (depois Rádio Globo), havia um quadro com dramatizações radiofônicas, da qual participou como rádioatriz Lucimara Parisi, que depois faria carreira como diretora dos programas Perdidos na Noite e Domingão do Faustão, ambos com Fausto Silva.

Mas o que levou a se tornar conhecido nacionalmente e considerado um precursor foi seu programa “O Homem do Sapato Branco”, que criou em 1966, que passou para a Televisão e logo foi interrompido devido a problemas com a ditadura militar. Depois retornaria já nos anos 80, sendo transmitido pelas emissoras BandeirantesGloboRecord e SBT.

Costumava entrevistar seus convidados usando um sapato branco, que sempre era focalizado pelas câmeras. A idéia de usar os sapatos brancos surgiu porque era a cor dos sapatos que os médicos e os psiquiatras usavam, e Jacinto pretendia ser uma espécie de “médico” do povo em seus programas.

Jacinto Figueira Júnior foi o introdutor do estilo “mundo cão” na televisão brasileira.[carece de fontes] Ele trazia para o palco casais com problemas e que chegavam a brigar na frente das câmeras.

A transmissão de programas policiais de apelo popular, foi depois adotado ainda nos anos 80 e continua até hoje, com apresentadores como Márcia GoldschmidtRatinhoJosé Luiz Datena e outros.

Uma de suas última aparições foi no telejornal “Aqui Agora“, nos anos 90, no SBT.

Vítima de um derrame em 2001, Jacinto ficou com uma série de seqüelas, como problemas de locomoção e de audição. Morreu no hospital de Beneficência Portuguesa, no bairro Paraíso, em São Paulo e foi sepultado no cemitério da Quarta Parada. Estava internado desde o dia22 de novembro de 2005, devido a problemas pulmonares.

Pariense de quatro costados, Jacinto Figueira Junior nasceu e foi criado no nosso bairro, que ele tanto amava.

Foi um dos poucos parienses a ser eleitos em algum cargo do Legislativo. Foi um inovador na televisão brasileira.

luzitano futebol clube

Foto do Luzitano F. C. de 1949, onde envergava orgulhosamente a faixa de Campeão de um dos muitos títulos que conquistou . Nesta foto vemos grandes craques, eu conheço alguns como o Dante , o Oswaldo, o Cabral, o Larinha.

Um verdadeiro timaço, time que possuia a maior torcida do Pari.

Encerrou há poucos anos as suas atividades, mas o golpe fatal foi a destruição por parte da admins. Prestes Maia de sua bela praça de esportes, construída com o suor dos rubro-verdes.

No local hoje funciona a Biblioteca Adelpha Figueiredo, que presta relevantes serviços à comunidade até hoje e também funciona o Lar dos Idosos, instituição de renome quanto aos cuidados com pessoas da terceira idade.

Eu , particularmente acho que a biblioteca poderia ter sido construída em outro local, pois havia grande disponibilidade de terrenos municipais na região.

Creio que faltou no mínimo sensibilidade ao prefeito , pois o estádio possuía um belo campo de futebol, vários vestiários, um amplo salão de festas.

Até hoje , muita gente não entende a escolha desse local no início dos anos 60. Alguns chegam a atribuir o fato de que quando era permitido o seu funcionamento no Brasil, várias reuniões de adeptos do Partido Comunista fo-

ram realizadas no salão de festas e o prefeito Prestes Maia era da UDN, um partido de direita na época.

São hipóteses, outras mais fantasiosas surgiram na época, que ouvi relatos . Alguns parentes que eram sócios do clube na época, até muitos anos depois , contavam as glórias do Luzitano , com lágrimas nos olhos.

Foi um clube que na década de 40 foi a base de um clube que disputou vários anos o Campeonato Paulista  da Divisão Principal o Comercial F. C. , cuja sede era  na Praça Clóvis Beviláqua.

Vamos dar um resumo da história do rubro-verde, extraída da Wikipedia:

Luzitano Futebol Clube foi um clube brasileiro de futebol da cidade de São Paulo, capital do estado de São Paulo. Foi campeão paulista amador da Segunda Divisão (atual A2) em 1935 e campeão paulista amador da quarta divisão (atual B) em 1929. Participações em estaduais

  • Primeira Divisão (atual A1) = 2 (duas)

– 1936 – 1937

  • Segunda Divisão (atual A2) = 3 (três)

– 1932 – 1933 – 1934

  • Terceira Divisão (atual A3) = 4 (quatro)

– 1925 – 1926 – 1930 – 1931

  • Quarta Divisão (atual B) = 1 (uma)

– 1929

Títulos

Estaduais

Outro esquadrão do Luzitano com Larinha, Quinhão.

ACIDENTE FERROVIÁRIO

A construção da estrada de ferro foi uma grande batalha

contra a Serra do Mar. Mas firmou o destino de uma São

Paulo industrial, elevou Santos à categoria de primeiro porto

brasileiro e abateu a pretensão de Campinas de erigir-se

capital paulista.

Em 6 de setembro de 1865, a crônica registrava a festa

de inauguração da ferrovia. O trem chegaria à estação da Luz

procedente de Santos, mas descarrilhou no caminho, nas

proximidades do Pari. Dizem que foi o primeiro desastre

ferroviário do continente. A causa: excesso de velocidade.

Onde se viu correr a 30 quilômetros por hora? Ainda mais

com os vagões repletos de conselheiros do Império e mais

gente importante. Houve quem culpasse o aterro do Tamanduateí. E o Conselheiro Brotero, que tinha o vezo de trocar

sílabas, declarou aos jornais de época: “Nada sofri, meus

amigos. Milagrei escaposamente!”

Trecho do livro “Brás ” de Lourenço Diaféria.